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Podemos, sim, sair das trevas
Caro Sidarta Ribeiro, nem imagina como foi bom participar de uma live com você. Há instantes em nossa vida em que, se estivermos abertos, descobrimos que algo se passou e continuamos a viver um pouco diferentes.
Caro Sidarta Ribeiro, nem imagina como foi bom participar de uma live com você. Há instantes em nossa vida em que, se estivermos abertos, descobrimos que algo se passou e continuamos a viver um pouco diferentes.
Mais importante que o resultado que se desenhou ontem de unanimidade em favor da legalidade do inquérito das fake news em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) foi o fato de que não houve qualquer limitação no julgamento.
Num momento em que estamos testemunhando importantes manifestações antirracismo, presto homenagem a um dos mais importantes estudiosos negros de nossa língua no Brasil do século XX, Antenor Nascentes, carioca (1886-1972) , filólogo, etimólogo e lexicógrafo e didata, ocupante da Cadeira n.o 3 da Academia Brasileira de Filologia, que escolheu como Patrono o dicionarista Antônio de Morais Silva.
Contra as bravatas do presidente Bolsonaro, fatos. A ligação de Queiroz, preso nesta quinta-feira na casa do advogado Wassef que se gaba de ser amigo íntimo do presidente e de seu filho Flávio, só confirma os laços de juramento de sangue, bem ao estilo mafioso, que o une à famiglia Bolsonaro.
Estão começando a surgir os fatos que tornam inócuas as bravatas de Bolsonaro. Já eram anteriormente - como se diz, cão que ladra não morde -, pois ele sempre esbravejou, mas acatou as ordens da justiça.
Dificilmente será superada a crise entre o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF). Sobretudo porque não há nenhuma serventia em fazer acordo com os demais poderes da República, pois Bolsonaro acha que o Executivo tem que se sobrepor, e almeja que os outros se imbuam dessa secundariedade para que o deixem trabalhar sem limitações institucionais.
Num momento em que militares de alta patente, sob o comando de um capitão desorientado, se envolvem cada vez mais com a política, e nem sempre com moderação, é importante observar essa sábia opinião, de 1956: “O Exército deveria ser o grande mudo da vida nacional”.
O país virou uma grande ópera bufa, que não termina em tragédia, mas pode se transformar, como aconteceu com o gênero do século XVIII, que começou como um mero entretenimento no intervalo das óperas sérias e acabou ganhando autonomia.
O objetivo do inquérito do STF é conter a propagação de fake news e por isso os alvos são grupos bolsonaristas. É claro para todos que Bolsonaro tem apoio de uma rede de novos meios, as chamadas milícias digitais, que atuam mesmo como milícias.
Está claro há muito tempo que é preciso desbaratar a rede que financia fake news, ataques à democracia e manifestações como as que foram feitas em frente ao palácio do Planalto e ao QG do Exército.
Quando Jair Bolsonaro tomou posse no Planalto, em 2019, dois chefes de governo estavam presentes, Viktor Orbán, da Hungria, e Benjamin Netanyahu, de Israel. Ambos primeiros-ministros e líderes dos movimentos populistas, em seus respectivos países. Por motivo de força maior, Donald Trump não pôde vir a Brasília; mas enviou, por Twitter, mensagem calorosa ao novo presidente do Brasil.
Igrejas, sinagogas e templos estão fechados, enquanto vivemos os tempos difíceis da pandemia. O Papa reza pelo futuro da humanidade, em cenários vazios e melancólicos. Não se tem a garantia de que o vírus vai embora.
Escrevo de casa, em meio à maior pandemia enfrentada pela minha geração. Ainda não se conhece o antídoto para enfrentar o terrível e perigoso coronavírus, que faz um enorme estrago praticamente no mundo inteiro, a partir da China (Wuhan).
O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito das fake news em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhará esta semana ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os dados das quebras dos sigilos e das comunicações dos investigados relacionados com a campanha eleitoral de 2018.