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Mais uma crise?
O que mais tenho ouvido de colegas de geração é “nunca pensei”. “Nunca pensei que fosse viver tantas crises ao mesmo tempo”, “que fosse enfrentar uma pandemia como esta”, “que fosse sentir tanta insegurança” e assim por diante.
O que mais tenho ouvido de colegas de geração é “nunca pensei”. “Nunca pensei que fosse viver tantas crises ao mesmo tempo”, “que fosse enfrentar uma pandemia como esta”, “que fosse sentir tanta insegurança” e assim por diante.
O governo Bolsonaro coloca sua ideologia e o pensamento conservador mais radical como elementos essenciais para escolher ministros em várias áreas que considera dominadas por comunistas.
A mudez de Bolsonaro está inquietando a ala mais radical de seu governo, que se ressente dos embates diários patrocinados pelo presidente.
Acredito que não haja mais espaço para o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles no governo.
Quem deveria estar processando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes por tê-lo acusado de genocídio era o presidente Jair Bolsonaro, não as Forças Armadas.
Bolsonaro não se manifestou sobre as declarações do ministro Gilmar Mendes porque não quer briga com o STF, onde correm vários processos sobre ele e sobre seus filhos, como o caso do senador Flavio Bolsonaro, que entrou com pedido de foro privilegiado, cujo relator é Gilmar Mendes.
Como no futebol, a democracia é uma caixinha de surpresas.
Convidei o presidente da Academia Brasileira de Ciências, o físico Luis Davidovich, professor titular da UFRJ, a utilizar a coluna para a campanha #CientistaTrabalhando, que celebra o Dia Nacional da Ciência.
A dúvida básica quanto à escolha de um novo ministro do Supremo é sobre sua fidelidade.
Quando recebi o título de Doutor Honoris Causa da Universidade de Pequim, resolvi falar sobre o tema do saber, defendendo a tese de que todo conhecimento humano era resultado de longo processo de acumulação de saberes que vinha desde o homem da pedra lascada até as descobertas que nos fascinam, como conhecer a estrutura do Coronavírus SARS-CoV-2.
O habeas-corpus dado pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) João Otavio Noronha ao Queiroz, amigo dos Bolsonaro, e à sua mulher, foragida da Justiça, não foi surpresa para ninguém, apesar de ele já ter recusado nada menos que sete habeas-corpus anteriormente para presos que argumentavam com o perigo de se contaminarem com a Covid-19, razão alegada para conceder a graça a Queiroz.
Os assessores de Bolsonaro membros do chamado “gabinete do ódio” no Palácio do Planalto, principalmente Tercio Arnaud Tomaz, assessor-especial, são a partir de agora os principais obstáculos para a permanência dele à frente do governo, superando a ameaça que Queiroz representa.
O “gabinete do ódio”, que durante anos foi dado por bolsonaristas como uma fake news, materializou-se ontem, como nomes e datas, na ação internacional do Facebook que tirou do ar uma rede composta por 88 contas...
Bolsonaro tentou esconder seu estado de saúde o quanto pôde.
O anúncio de que o presidente Bolsonaro foi infectado pela Covid-19 traz em si mesmo diversas facetas dele: irresponsabilidade, falta de compaixão, negação da gravidade da pandemia, desdém indicando falta de entendimento do que seja a presidência do Brasil.