Acadêmico e cineasta Cacá Diegues ministrará a palestra “Dias Gomes”
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Meu avô nos contava histórias que nos encantavam e ainda, às vezes, nos faziam acompanhar suas risadas espetaculares. Uma delas ficou para sempre inesquecível. Pelo menos para mim.
Bem que eu gostaria de conhecer uma dessas brasileiras que estão renovando a cabeça de nossas mulheres, produzindo novas ideias políticas e adquirindo experiências inéditas nesse terreno. Gente como Simone Tebet ou Marina Silva, que têm o que dizer de nosso processo político e sabem muito bem como ele se dá. Gente que já tem uma experiência respeitável na área e pode ocupar um ministério ou um outro posto decisivo na consolidação democrática do país. Gente que pode um dia se tornar presidente ou governadora ou coisa parecida, ocupando um cargo para o qual foi eleita um dia com exclusividade.
Há um tempo, logo que tomei posse na cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras (ABL), sucedendo ao grande Nelson Pereira dos Santos, tendo o poeta Castro Alves como patrono e como precursores o romancista Valentim Magalhães e o ensaísta Euclides da Cunha, iludi-me com essas aparentes homenagens. Considerei-me um brasileiro de sorte que ganhara esses gênios como padrinhos de um inevitável sucesso particular. Hoje sei que esse “sucesso particular” era apenas uma hipótese remota, nunca inevitável.