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A morte como rotina
O mundo está recebendo notícias de uma realidade alarmante, a de um país que mata como se estivesse em guerra, que comete atrocidades, corta cabeças.
O mundo está recebendo notícias de uma realidade alarmante, a de um país que mata como se estivesse em guerra, que comete atrocidades, corta cabeças.
A indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta pela morte do ministro Teori Zavascki, perdeu a importância imediata pela decisão do presidente Michel Temer de aguardar a definição do novo relator da Operação Lava Jato, mas continua sendo uma escolha fundamental para futuras decisões, principalmente num momento em que a questão fiscal do país ganha tamanha relevância.
A cada livro do teólogo e escritor Faustino Teixeira adquirimos novas potências ecumênicas e toda uma saudável inquietação em torno das núpcias com o Amado. Como quem restaura as pontas de uma prisca e de uma tarda theologia ou, em outras palavras, a tradição e as malhas do percurso místico, de saltos e abismos, conjugados no plural, quando diminui a tensão dos fios, nas demandas que se alternam entre o mapa e o relevo, o sistema e a aventura. Porque cada biografia mística é matéria intransferível e ao mesmo tempo fonte de partilha, porque o bem, como diziam os antigos, é sempre difusivo.
A ministra Carmem Lucia, presidente do Supremo, marcou para esta semana o início de consultas a seus pares para a definição do critério para a substituição do ministro Teori Zavascki na relatoria dos processos da Operação Lava Jato.
De duas uma: a morte do ministro do STF Teori Zavascki foi crime ou fatalidade? Relator de um processo que configura o maior escândalo dos tempos atuais, ele era um alvo ostensivo para todos os possíveis mandantes que possam ter forjado um acidente aéreo que demorará um pouco para ser elucidado.
Passados os primeiros dias de dor e luto, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmem Lucia, terá pela frente uma primeira decisão que pode ser fundamental para sinalizar à opinião pública que a Operação Lava Jato não sofrerá quebra de continuidade com a morte do ministro Teori Zavascki. E não é a decisão sobre quem herdará os processos do ministro falecido.
Precisamos ir além da reação imediata e automática de dar um simples clique ou curtida, escolher mãos aplaudindo ou uma carinha vomitando. É preciso sair dos limites do pequeno grupo.
Teori Zavascki tinha o respeito irrestrito de seus colegas e até dos que eventualmente foram contrariados por alguma decisão sua, como Sérgio Moro.
Mais uma vez o realismo mágico interfere nos destinos nacionais, de maneira brutal. A morte trágica do ministro Teori Zavascki, às vésperas de homologar as delações premiadas de Marcelo Odebrecht e associados, parece saída do mesmo autor da doença e morte de Tancredo Neves às vésperas de assumir a presidência da República, em 1985. Uma urdidura dos diabos, na definição de um ministro do STF.
A reação dos governadores ao Plano Nacional de Segurança do governo Temer, pressionando para que uma verba federal seja bloqueada no Orçamento para a segurança pública, assim como é feito com a educação e saúde, mostra bem o impasse a que chegamos.
As Forças Armadas vão fazer uma operação limpeza nos presídios, utilizando toda a tecnologia mais moderna, e ao lado disso o governo federal vai financiar os Estados para a aquisição de bloqueadores, raios-x e scanners. Essas varreduras serão realizadas aleatoriamente, nos 12 meses seguintes à requisição do governador.
O mais grave é que metade da maior democracia do mundo concorda e apoia essa subversão de valores. Vamos ver no que vai dar.
As taxas de homicídio, praticados dentro e fora dos presídios, nos conferem medalha de ouro (falso) na olimpíada da criminalidade.
‘Aprendi que, mesmo com a deficiência, é possível crescer e se desenvolver no mercado de trabalho igual a qualquer pessoa’, diz operador de telemarketing.
Especula-se que presidente Michel Temer, pressionado pela realidade que a cada dia mostra a gravidade da crise nas penitenciárias brasileiras, pretende procurar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para discutir a descriminalização do porte de drogas para uso próprio.