Rita Lobo nos ajuda na pandemia
Criança, certa época do ano, acompanhava meu avô José na busca de içás.
Criança, certa época do ano, acompanhava meu avô José na busca de içás.
Todos os 14 nomes incluídos na lista de investigados da CPI da COVID mentiram muito nos depoimentos, esconderam deliberadamente ações internas do ministério da Saúde, como o ministério paralelo, as decisões de forçar a imunidade de rebanho e de atrasar as vacinas.
Assim como Diógenes procurava pelas ruas de Atenas, de lanterna acesa na mão, “um homem honesto”, procura-se um candidato que seja não apenas honesto, mas capaz de mobilizar os eleitores que recusam mais uma vez a polarização entre Bolsonaro e Lula.
Sempre que uma crise política parece insolúvel no Brasil, surge a proposta de adotar o parlamentarismo e, mais recentemente, o semipresidencialismo, projetos que retiram do presidente poderes que seriam compartilhados, em maior ou menor grau, com o Congresso.
Como se sabe, Jair Bolsonaro ordenou a “um tal de Queiroga” a tarefa de elaborar um parecer para desobrigar vacinados e recuperados de Covid-19 de usar máscaras.
O deputado Rodrigo Maia é um típico exemplo de político que nunca foi popular, nunca teve grande votação - tem sido eleito com pouca folga - mas ao contrário dos políticos populares, é um grande articulador de bastidores.
É natural que o Ministério Público de São Paulo queira autuar pessoas que descumpriram artigos ligados à segurança sanitária durante a motociata de Bolsonaro no último sábado.
Tenho escrito muitas vezes que a Covid-19 mexeu em tudo e não sabemos ainda até que ponto chegará.
Se há um tipo de político que faz falta no Brasil de hoje, ele é encarnado por Marco Maciel que morreu ontem aos 80 anos, depois de uma longa enfermidade.
Os últimos dias revelaram dados concretos para confirmar o que já se intuía: Bolsonaro é um personagem político que se movimenta mais à vontade nas sombras, à margem das instituições oficiais.
Em mais um movimento que comprova como estamos regredindo como nação, mal conduzida em anos recentes e de maneira calamitosa desde o início do governo Bolsonaro, agora é o futebol que mobiliza o governo federal de maneira completamente equivocada.
Lamentável a opinião do escritor angolano José Eduardo Agualusa, que confunde as coisas, tomando partido do Hamas, culpando o Estado de Israel pela beligerância. O cessar-fogo, mediado pelo Egito, encerrou 11 dias do mais recente combate, no qual mais de 250 pessoas foram mortas, a maioria delas em Gaza.