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Artigos

  • A travessia

    O Globo, em 16/10/2011

    O documentário "Tancredo, a travessia", de Silvio Tendler, que será lançado oficialmente no final do mês, complementa a trilogia que teve início com "Jango" e "Anos JK" no relato da história recente do país, mas se supera na captura da alma conciliadora de Tancredo Neves e na revelação da sua matreirice política que estava sempre a serviço da democracia, como salienta o ex-presidente Fernando Henrique em seu depoimento.

  • Primeira página

    O Globo, em 13/10/2011

    O debate sobre o documentário do diretor Andrew Rossi "Primeira Página, por dentro do New York Times", cuja pré-estreia aconteceu terça à noite no auditório do GLOBO dentro do Festival do Rio, foi uma boa oportunidade para discutir com o público para onde vai o jornalismo depois que os novos meios tecnológicos de transmitir informações passaram a ter um papel preponderante na relação com os leitores.

  • O fato novo

    O Globo, em 12/10/2011

    O PSD pode não ser nem de esquerda nem de direita nem de centro, mas talvez por isso mesmo esteja no centro da política nacional pouco depois de ter sido confirmado como o 28º partido político da cena brasileira. Com uma bancada que deve ultrapassar a do PSDB na Câmara, o partido do Kassab, como já está sendo conhecido nos meios políticos, colocou o prefeito paulistano como peça-chave no cenário político paulista, dando-lhe condições de se transformar em ponto de equilíbrio da política nacional.

  • Democracia digital

    O Globo, em 11/10/2011

    A democracia digital entrou definitivamente no foco da sociedade brasileira, e nos últimos dias tenho participado de diversos debates sobre o tema, seja pelo lado da transparência e acesso a documentos públicos como parte fundamental desse processo, seja pela utilização das novas tecnologias na difusão de informações e pelas consequências dessa ampliação do debate como geradora de fatos políticos como a Primavera Árabe ou mobilizações populares nos Estados Unidos e no Brasil.

  • Cultura Midiática

    Jornal do Commercio (Rio de Janeiro), em 02/09/2006

    Por iniciativa de Marcos Vilaça, a Academia Brasileira de Letras promoveu um elogiadíssimo debate entre especialistas que se debruçam sobre a Cultura Midiática, ainda sem uma resposta clara se é instrumento de poder ou persuasão.Depois das falas de Domício Proença Filho, Teresa Cruvinel, Merval Pereira, José Nêumanne Pinto e Josias de Souza, a dúvida não foi inteiramente sanada, mas ficou no público de 400 pessoas (Teatro R. Magalhães Jr.) a sensação de que muitos mistérios ainda permanecerão na cabeça dos que trabalham no fascinante campo da comunicação social em nosso País.Vários temas paralelos foram levantados no debate, como a discussão em torno da sobrevivência do jornalismo cultural, na sociedade do conhecimento. Embora lamentando o que viria a comentar, o escritor José Nêumanne, afilhado de Rachel de Queiroz, confessou claramente que "o jornalismo cultural está morto. O seu espaço é cada vez menor, nos grandes jornais, e das revistas então nem se fala." Não acredita em culpados, mas essa é a realidade que deve ser assumida por todos.Estimulou-se, na ocasião, a luta pelo fortalecimento das instituições democráticas, com o uso da palavra e a sua valorização. A revolução digital seria ou não ser culpada pela redução das vendas nas livrarias, mas isso pode ser uma conseqüência episódica do fenômeno. À medida que cresça a necessidade prevista da interatividade, o ideal será a intercomplementaridade de computador e livros, onde é possível sedimentar a cultura do jovem. Ainda não estamos diante dessa sinergia, mas ela é aconselhável, sobretudo nas escolas, onde se processa a relação ensino-aprendizagem.Também o uso indiscriminado da internet foi questionado. Chegou a ser dito que se trata de um "poderoso instrumento de desinformação, tamanho o volume de bobagens que ali se insere." Com um cuidado que não se pode dissociar do bom senso da população: não podemos nos atrelar, assim, ao primado da versão. Pois seria o fim da verdadeira informação, matéria-prima de jornais, revistas e televisões abertas.O bom jornalismo exige que as notícias sejam checadas e, no caso de uma grave acusação, que se dê o direito de resposta ao acusado. Isso é do jogo democrático, até agora ausente da enxurrada de informações irresponsáveis da internet. Trata-se de um uso abusivo, com um grande volume de pornografia e pedofilia, o que parece um movimento crescente e sinceramente lamentável.Há uma redução na circulação de jornais, no mundo inteiro, como se a internet pudesse substituí-los. Ninguém acredita nessa possibilidade, mas numa acomodação natural aos novos tempos. Os jornalistas, hoje generalistas, precisam encontrar matérias atraentes para que esse interesse secular não seja ultrapassado pela informação ligeira e, por vezes, sem fundamento.Veja-se o caso das eleições e as pesquisas de opinião. O público hoje reage de forma diferente até mesmo da eleição passada. Está mais interessado em benefícios do que em discursos programáticos ou até mesmo em denúncias, por mais verdadeiras que sejam. É mudança de atitude que os políticos passaram a perceber e a se valer, nas aparições feitas na televisão aberta. Quem prometer mais tende a levar vantagem. A mídia continua a ter essa força, embora existam versões de que o seu poder não é tão grande quanto se proclama. Uma boa discussão.

  • Dilma agrega apoios

    O recorde de 77% de aprovação pessoal que a Presidente Dilma obteve na mais recente pesquisa de opinião do Ibope pode ser explicado por uma conjunção de apoios, pois ela mantém a hegemonia na região nordeste (82%) e entre os cidadãos que ganham entre um e dois salários (59%), mas conseguiu ser igualmente bem avaliada entre os eleitores com renda familiar superior a dez salários mínimos (60% de ótimo e bom) e na região sudeste (75%).

  • A praga da corrupção

    Enquanto no país prevalecer a postura de tratar a corrupção dos aliados e correligionários como uma questão política, e demonizar a corrupção dos adversários, não teremos condições de controlar essa verdadeira praga, que não é “coisa nossa”, pois está espalhada pelo mundo globalizado, mas que tem encontrado entre nós um acolhimento incomum devido à legislação frouxa e à cultura da impunidade que por aqui impera.

  • Um luxo

    Certa vez Caetano Veloso disse que ter tido Fernando Henrique Cardoso e depois Lula como presidentes era "um luxo" para o Brasil. Ontem, na posse da Comissão da Verdade, que não por acaso também marcou a entrada em vigor da Lei de Acesso à Informação, tivemos, graças à presidente Dilma, uma demonstração de que estamos avançando, apesar das lutas políticas e dos eventuais desvios, na construção de uma democracia estável e madura.

  • Modelo esgotado

    O economista Claudio Frischtak, presidente da Inter.B Consultoria Internacional de Negócios, apresentou no Fórum Nacional, tradicionalmente organizado pelo ex-ministro João Paulo dos Reis Velloso, um interessante trabalho sobre as limitações do atual modelo econômico brasileiro, a despeito dos avanços registrados nas duas últimas décadas: uma combinação de estabilidade macroeconômica e redução da desigualdade e da pobreza, acompanhada de uma expansão do consumo nas camadas tradicionalmente mais afastadas do mercado.

  • Dessemelhanças

    Na sabatina do Globo com o candidato tucano José Serra, uma pergunta de Arnaldo Bloch levantou um tema que tem predominado no debate político nos últimos anos: quão realmente semelhantes são os projetos de PT e PSDB e, na atual conjuntura eleitoral, se realmente tanto faz votar em Dilma ou Serra para presidente.

  • Tiro no pé

    O flagrante da mensagem do deputado petista Candido Vacarezza garantindo imunidade ao governador do Rio Sérgio Cabral é mais uma confirmação de que essa CPI do Cachoeira está se revelando o maior erro dos últimos tempos do grupo político que está no poder. Convocada estranhamente pela maioria governista, a CPI tinha objetivos definidos pelo ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu: apanhar a oposição com a boca na botija nas figuras do senador Demóstenes Torres e do governador de Goiás Marconi Perillo, e desestabilizar o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, responsável pela acusação dos mensaleiros no julgamento do Supremo Tribunal Federal. De passagem, queriam certos petistas criminalizar a revista Veja para criar um clima político que favorecesse a aprovação de uma legislação de controle da mídia, como vem tentando sem sucesso desde o início do governo Lula. Por enquanto está dando tudo errado. A tentativa de constranger os ministros do Supremo resultou numa reação do Judiciário, que se viu impelido a não deixar dúvidas sobre sua independência. A vontade de procrastinar o julgamento, quem sabe deixando-o para o próximo ano, quando dois novos ministros estarão no plenário para substituir Cezar Peluso e Ayres Britto, ficou tão explícita que o revisor do processo, o ministro Ricardo Lewandowski, viu-se na obrigação de anunciar que pretende apresentar seu voto ainda no primeiro semestre, permitindo que o julgamento comece logo em seguida.

  • O mundo futuro

    O empresário Roberto Teixeira da Costa escreveu para o próximo número da revista “Política Externa” um artigo em que relata recente debate ocorrido no Instituto Fernando Henrique Cardoso intitulado Global Trends 2030 (Tendências Globais 2030), liderado por representantes do Espas — European Strategic and Policy Analysis; da ISS — European Union Institute for Securities Studies; do The Office of the Director of National Intelligence dos Estados Unidos; e do Atlantic Council, com a participação da FGV do Rio de Janeiro, representada pelo economista Marcelo Neri.

  • O Brasil e o mundo

    No recente debate promovido pelo Instituto Fernando Henrique Cardoso sobre as tendências globais para 2030, ficou patente que o Brasil está bem posicionado para o futuro. O empresário Roberto Teixeira da Costa escreveu para o próximo numero da revista Política Externa um artigo onde relata os principais pontos do debate, do qual participaram representantes do ESPAS – European Strategic and Policy Analysis; da ISS – European Union Institute for Securities Studies; The Office of the Director of National Intelligence dos Estados Unidos; e do Atlantic Council.

  • A última palavra

    O que está em debate nas derradeiras reuniões do julgamento do mensalão não é a prevalência da decisão do Supremo Tribunal Federal sobre o Legislativo, mas se parlamentares condenados merecem ou não perder direitos políticos, além das penas já aplicadas. Não há como colocar em dúvida que a última palavra sobre questões constitucionais é do STF, até mesmo “o direito de errar por último”, como disse Rui Barbosa.

  • Só erros novos

    O novo partido que se está formando, sob a liderança da ex-senadora Marina Silva, com o nome de REDE, tem recebido críticas à direita e à esquerda, principalmente porque a fundadora simplificou sua definição doutrinária, aproximando a REDE do novo PSD do ex-prefeito paulista Gilberto Kassab: “Não será um partido nem de direita nem de esquerda, nem do governo nem de oposição”, disse Marina sobre a nova legenda que quer criar. A propósito, recebi do cientista político e antropólogo Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública e ex-Secretário de Segurança do Rio, que está envolvido na criação do novo partido de Marina, uma série de comentários sobre os objetivos da nova legenda que, ele garante, nada tem a ver com “movimentos que pretendam mudar a política assumindo identidades e práticas antipolíticas”, que costumam perder-se em um “voluntarismo estéril”.