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O vírus da inveja
Foi o anticlímax. Esperou-se o dia todo pelo desfecho. Não se falava em outra coisa.
Foi o anticlímax. Esperou-se o dia todo pelo desfecho. Não se falava em outra coisa.
O amor é sempre um ato de compensação, a gente ama no outro aquilo que faz falta em nós. Quando você não consegue fazer essa operação, das duas uma. Ou está sofrendo de imensa megalomania, o sentimento de que não precisa amar ninguém, porque as virtudes do outro não lhe fazem falta; ou você perdeu completamente o sentido da existência do outro, o que ele significa para a organização do mundo e da humanidade, para você mesmo.
Estamos atravessando tempos bicudos. Não só por causa do coronavírus, mas também porque há um vazio político no mundo. Quando não, há uma histeria direitista sem que se veja o “outro lado” do espectro.
Acho que todos nós a quem Deus deu a graça da vida já passamos muitas vezes pelo anúncio de que o mundo ia acabar.
“Não se faz Copa do Mundo com hospitais”, disse Ronaldo Fenômeno, rebatendo as críticas sobre os gastos para a realização campeonato mundial de futebol no Brasil em 2014.
Só o futuro dirá mas, pelo pronunciamento de ontem por rede nacional de televisão, está caindo a ficha do presidente Jair Bolsonaro.
No domingo, o presidente parece que surtou. Foi para a rua cometer desatinos. Fez tudo o que a Organização Mundial da Saúde e o seu próprio governo exigiam não fazer.
A tentativa de tirar o protagonismo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta no combate ao Covid-19 não passa de mais uma bolsonarice, entre muitas que o presidente comete cotidianamente com palavras, gestos e hábitos.
Empurro o portão, o porteiro me estende o gel...
As únicas escolhas verdadeiras são as feitas diante da morte. Escondida em um vírus desconhecido, ela espalhou sua sombra macabra sobre o mundo lembrando à humanidade seu fragílimo destino comum, tragédia que nos irmana e revela o melhor e o pior de cada um.