Glauber Rocha, bárbaro e barroco
Glauber Rocha não foi apenas um de nossos maiores artistas, pensadores e cineastas nos anos 1960 e 1970, como também um dos mais competentes revolucionários do cinema mundial. Se seus filmes e textos começaram por surpreender e encantar os brasileiros, sobretudo os mais jovens, terminaram por contribuir de maneira decisiva na grande transformação que o cinema conheceu em seu tempo.
Glauber foi uma fonte de energia indispensável naquela revolução cultural. Documentos e declarações, assim como os próprios filmes, por exemplo, de Martin Scorsese, Bernardo Bertolucci ou Jean-Marie Straub, cineastas tão diferentes entre si, trabalhando como tantos outros em tão diferentes níveis, dão testemunho do significado generoso do que Glauber filmou e disse. Todos eles se tornaram devedores do que leram, ouviram e viram desse gênio brasileiro.