110 anos da Acadêmica Rachel de Queiroz são comemorados em podcast especial da ABL
Publicada em 17/11/2020
Publicada em 17/11/2020
Publicada em 11/11/2019
Publicada em 11/06/2019
Sou leitora contumaz da seção de cartas de leitores dirigidas aos jornais. E tenho visto com freqüenta cartas de pessoas que voltam a defender a pena de morte. Isso me assusta, embora compreenda a revolta de muitos contra o atual estado de coisas: violência e morte em grau jamais alcançado entre nós.
Um estranho que observasse, do lado de fora, o planeta Terra, diria talvez que a sua história, monotonamente, sempre se caracterizou pela luta dos oprimidos contra o opressor e a tentativa de revanche dos dominadores contra os rebelados. Desde a rebelião dos Anjos contra o Senhor, passando pela desobediência de Adão e Eva, chegando até os séculos 19, 20 e 21 (que já está se revelando ser um dos mais ferrenhos).
Antigamente até que se achava bonita a palavra megalópole e todas as suas implicações. Hoje é o grande vilão do mundo moderno. O que foi a Londres imperial, a gigantesca Nova York, poderosa expressão de uma grandeza emergente, tornou-se agora sinônimo de conflito e retrocesso. As megalópoles - tais como as cidades do México, São Paulo, Pequim, Calcutá, são sintomas, não de força e riqueza de um país, mas de miséria e injustiça social. Pois que todas essas grandes metrópoles, passando algumas dos doze milhões de habitantes ou chegando perigosamente aos vinte milhões, representam uma maioria que é vítima da miséria torçal, do desemprego, do subemprego e mais gradações da extrema pobreza.