
Ao encontro de Camões
[2]Na missa de 7° dia, no Colégio Notre Dame, o padre Jorjão, diante de mais de 200 familiares, amigos e discípulos de Leodegário Amarante de Azevedo Filho, recordou que o mestre falecido vivia cantarolando o "Queremos Deus que é nosso Pai", como se estivesse se preparando para a glória da vida eterna. O nosso estimado Leo, com quem tive o privilégio de um convívio de mais de 50 anos, não conheceu o iGtium cum dignitate, expressão latina cunhada por Cícero, que significa lazer com dignidade, ou seja, todo homem, depois de uma dura vida de trabalho, tem direito, no fim da sua existência, a um honrado repouso(aposentadoria), o ;que ele não conheceu por jamais ter interrompido as suas atividades de professor e escritor laureado. Nisso teve sempre a colaboração muito próxima da sua amada Ilka, ex-aluna da UERJ, com quem se casou para tornar prático o pensamento expresso no soneto de Camões, em que o vate português afirmou em inspirado soneto que "amor é fogo que arde 'sem se ver." Segundo a filha Cláudia, o amor entre eles podia ser visto constantemente, tal a afinidade das duas existências. Foi um casal exemplar.