
Conversas de ½ minuto (46) ‒ Jornalistas
Lisboa. Seguem mais conversas, hoje só com jornalistas e afins, em livro que estou escrevendo (título da coluna).
Lisboa. Seguem mais conversas, hoje só com jornalistas e afins, em livro que estou escrevendo (título da coluna).
Somos hoje um Brasil radicalizado, fraturado, cada vez mais longe do país cordial sonhado por tantos. Urbi et orbi, o mundo inteiro segue nessa trilha. Mata-se nos Estados Unidos e celebra-se essas mortes, por aqui, alegremente. Rindo. Um escritor gaúcho até dá parabéns, aos dois filhinhos do finado, que não vão mais precisar conviver com ele nos próximos anos. Médicos, que tem a função de salvar vidas, celebram a pontaria do atirador.
A caminho do Fundão: lembrava aos alunos a noção de espírito local ganhando forma e vigor a partir do Romantismo e a transposição da ideia de Cultura para a de "minha cultura", realizada algo timidamente e um pouco falsa por Alencar.
Na última semana vimos, aqui nestas páginas, como nasceu o Tribunal do Santo Ofício na França (em Orleans, 1022); e como se espraiou, primeiro para Espanha (em 1478) e depois a Portugal (em 1536). Registramos também como funcionava, em Autos de Fé que semearam o terror nessas terras.
É nostálgico quando os velhos pensam no tempo das cartas, a mais antiga forma de registro da comunicação do homem na face da Terra. Há referências de que as cartas existem há 3500 anos, escritas em argila, como na Mesopotâmia; em pedra ou ossos, como mostram registros históricos das bibliotecas da China; em papiros, registrados no Egito e na Grécia; ou mais tarde nos couros de carneiro ou animais semelhantes. Assim os homens começaram a perpetuar pela palavra escrita o milagre da linguagem, atributo que somente nós, humanos, temos.
Ressalvas feitas pela defesa de Bolsonaro e apoiadas por Fux não invalidam o julgamento. Houve tentativa de golpe
EUA arquivaram documentário de Hitchcock sobre os campos de extermínio; não ficava bem ofender os alemães
Sair à rua enrolado na bandeira americana equivale hoje a sair enrolado numa bandeira nazista na 2ª Guerra
O ministro Luiz Fux não está votando no sentido de absolver o ex-presidente Bolsonaro e seus associados, mas com o objetivo de garantir que, um dia no futuro, o julgamento venha a ser anulado. Pela lógica, ele deveria absolver todos os acusados, pois levantou a nulidade absoluta do julgamento. Mas todos acham que ele votará pela condenação dos réus, divergindo ainda na dosimetria final.
Do jeito que vai, pode perder o grande apoio que poderia ter do centro. Na retórica, vai muito para a radicalização e ficará preso numa bolha.
Não há indícios de que possa haver movimentação militar hoje, 7 de setembro, ou depois do resultado do julgamento, pois a tropa está aceitando como normal a condenação dos envolvidos na tentativa de golpe
Todos admiram os logos de 007, 'Cabaret', 'Manhattan' e outros e ninguém sabia de quem eram
Daquele grupo de escritores, resta eu. Recuso-me a partir antes de terminar meu novo romance, ‘Risco de Queda’, sobre o envelhecer. E sem ver minha neta Antonia crescer
A grande música é grande música em qualquer época, e a melhor é aquela que fica para sempre
Ao longo da minha vida, tive oportunidade de falar sobre o nosso orgulho de pertencer ao grande continente onde foram desenvolvidas e adaptadas — na América, nos Estados Unidos —as ideias sobre governo e direitos individuais que formaram a moderna democracia, fundamentada na liberdade.