Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Artigos

Artigos

  • Tragédia ou desafio?

    Há não muito tempo, a China era considerada uma das nações mais atrasadas do mundo. População imensa e ensino de baixa qualidade eram responsáveis por isso. Agora, entre os 65 participantes do Pisa (exame internacional de avaliação de alunos de 15 anos de idade), a China alcançou o primeiro lugar, com 556 pontos, nos testes de conhecimentos em leitura, matemática e ciências. Isso não é milagre, mas um esforço consciente.

  • Um poeta esquecido

    As editoras brasileiras estão todas cooptadas pela força da globalização. Nossos escritores estão esquecidos e os enlatados ocuparam seus lugares. Nas listas de livros mais vendidos é raro encontrar um autor brasileiro. Eu sempre dizia que a juventude não conhecia José Lins do Rego. Há muitos anos não era editado. Felizmente, aproveitando seu centenário, a José Olympio acaba de editar sua obra.

  • Resoluções: seja esperto

    Todo mundo entra no ano novo com o firme propósito de mudar de vida, principalmente no que se refere à saúde, e principalmente em relação ao estilo de vida, que, todos nós sabemos, têm muito a ver com saúde. Exercício físico, dieta, fumo, álcool: eis aí um quarteto clássico, objeto de muitas e fervorosas promessas.

  • Ano-Novo e outras questões

    Estão lembrados nossos leitores de que comentamos casos de emprego do hífen em compostos do tipo 'meio-dia', significando a região sul como ponto cardeal, em oposição ao grupo sintático não hifenado 'meio dia', valendo por metade do dia. Assim se distinguem os grupos sintáticos 'boa praça' e 'casa grande' dos compostos hifenados boa-praça (significando 'pessoa cordial') e casa-grande ('casa dos antigos senhores de engenho, por oposição a senzala').

  • Dilma entra em campo

    Dilma pode tudo, menos reclamar de uma herança maldita —como em geral fazem os governantes que substituem outros, Embora os oito anos de Lula não tenham sido a maravilha curativa que alguns apregoam — e o próprio Lula é o primeiro e o mais entusiasta em proclamar a idade de ouro que deu ao Brasil— o fato é que Dilma faz parte das bem-aventuranças que rolaram na mídia e em especial na TV.

  • Em busca do caminho perdido

    Saímos pelo mundo em busca de nossos sonhos e ideais, embora sabendo que muitas vezes colocamos em lugares inacessíveis tudo aquilo que está ao alcance das mãos.

  • Acelerar o velocímetro

    A nova presidência implica os balanços do governo Lula e seus antecedentes na responsabilidade final pelo arranco definitivo de nosso desenvolvimento sustentado e, de logo, a réplica póstuma dos tucanos. Teria sido possível o êxito atual sem o Plano Real, e até onde o Bolsa-Família antecedeu o governo petista? Ou, de fato, quando começaram a desconcentração da renda e o sucesso da expansão econômica, com o enriquecimento geral do país ou, sobretudo, com a saída da marginalidade de 30 milhões de brasileiros? A tinta da história recente não pode ainda carimbar os créditos finais desse país que cresceu a 7,5% do PNB em 2010 e pode contar com 56% da sua população na classe média. Em contraste com a melancólica despedida de FH, Lula goza destes inéditos 86% de apoio ao deixar o Planalto. E o PSDB para ir adiante não escapa do epitáfio de uma refundação. Recolher os cacos do capitalismo liberal, reformular o papel do Estado na infraestrutura do país, blindar-se à mobilidade coletiva e ao acesso direto aos serviços na educação e saúde, mesmo antes da carteira assinada de trabalho. A proclamada falta de impacto do governo Dilma vem do esperado "mais do mesmo", ou da percepção crescente, a cada dia, das melhoras do governo que lhe antecedeu. Mas não é o continuísmo inerte e, sim, o do aprestar-se o país às novas economias de escala, à absorção do pré-sal, ou o avanço do Minha Casa, Minha Vida, juntando o programa habitacional ao ensino e à saúde.

  • Esporte & grana

    A queniana Alice Timbilili conquistou seu segundo título na corrida de São Silvestre, quebrando o recorde de velocidade. Já seu compatriota James Kwambai, vencedor em 2008 e em 2009, não chegou ao tricampeonato; quem venceu a prova foi o brasileiro Marilson Gomes dos Santos. O que não deixou de surpreender; a vitória de Kwambai era tida como certa, mesmo porque há oito décadas o Quênia é conhecido como um celeiro de maratonistas triunfantes.

  • A esquina e o compasso

    Sempre que penso na vida dos outros e na minha própria procuro descobrir onde, quando e por que dobramos a esquina errada. A comparação procede. Estamos num trecho da cidade e queremos ir para um lado. Tudo se simplifica então: dobramos à esquerda ou à direita? É evidente que acertamos na maioria das vezes, mas erramos em outras.

  • O barro e o macaco

    Toda vez que me olho no espelho tenho vontade de perguntar a não sei quem: "Afinal, de onde vim, do barro ou do macaco?" Uma alternativa pouco agradável, mas veraz. Vim do barro, tal como o Gênesis me informa? Ou vim do macaco, que Darwin descobriu entre os meus principais ascendentes?

  • Nossa possível solidão internacional

    As presenças internacionais na posse da Presidente permitem já uma primeira leitura do impacto do Brasil num mundo de rupturas das globalizações e das velhas dependências de centro e periferia. Sobretudo, do relevo em que, de fato, somos vistos pelos parceiros de uma nova geopolítica contemporânea. Claro que, no eixo básico desse reconhecimento, a presença de Hillary indica o quanto permanece o governo brasileiro na ótica primeira do governo Obama, inclusive nesse nosso apoio para a recuperação democrática, ameaçada pela torna do pior fundamentalismo republicano. A perspectiva mais larga do mandato de Dilma, na sua projeção internacional, é já a da nação-continente que se desliga do velho ninho da dependência latino-americana, e vai buscar um protagonismo análogo ao da China, ao da Rússia ou da índia, compondo a sigla dos BRICS, desses países de enorme mercado interno e, cada vez mais, a contrarrestar as velhas hegemonias do Primeiro Mundo. Não deparamos nenhuma presença específica de Pequim, Moscou ou Nova Déli na reunião em Brasília, nem nenhum reconhecimento antecipatório da moldura para nossa política exterior, a que se entregou o Ministro Amorim na pasta exercida na inteireza dos dois mandatos. Em nosso berço continental, por outro lado, faltou-nos o destaque da representação argentina e mexicana. Ou seja, das duas nações líderes no avanço do G-20, que tanto deve ao Brasil. Claro, não nos poderia faltar Hugo Chávez, obsessivo personagem de todo  palco continental.

  • Os 100 anos da Universidade do Porto

    Das quase 200 universidades brasileiras, nenhuma delas até agora fez 100 anos. Em compensação, em Portugal, de onde recebemos tanta influência cultural, o ano de 2011 reserva uma dupla comemoração: o centenário das Universidades de Lisboa e do Porto.

  • De cabeças e cabeçadas

    Afirmam os compêndios e os moralistas que a cabeça é a parte nobre do corpo humano. Tenho algumas dúvidas olhando minha própria cabeça e principalmente olhando certas cabeças que por aí circulam.