A Diretoria da Academia Brasileira de Letras foi reeleita, dia 1º de dezembro, quinta-feira, para o exercício de 2017. Foram reconduzidos a seus cargos os seguintes Diretores: Presidente: Acadêmico, professor e escritor Domício Proença Filho; Secretária-Geral, Acadêmica e escritora Nélida Piñon; Primeira-Secretária, Acadêmica e escritora Ana Maria Machado; Segundo-Secretário, Acadêmico e jornalista Merval Pereira; e Tesoureiro, Acadêmico, poeta e tradutor Marco Lucchesi. A cerimônia de posse para o novo exercício será no dia 15 de dezembro, quinta-feira, às 17 horas, no Salão Nobre do Petit Trianon.
A DIRETORIA PARA O EXERÍCIO DE 2017
DOMÍCIO PROENÇA FILHO – Quinto ocupante da Cadeira 28, eleito em 23 de março de 2006 na sucessão do Acadêmico Oscar Dias Corrêa e recebido em 28 de julho de 2006 pelo Acadêmico Evanildo Bechara, Domício Proença Filho é Bacharel e licenciado em Letras Neolatinas pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Professor Emérito da Universidade Federal Fluminense, o Acadêmico atuou em inúmeros estabelecimentos de ensino no Brasil e no exterior. Fora do país, foi Professor Titular Convidado (Gastprofessor) da Universidade de Colônia, Alemanha– Literatura Brasileira (1972), no Institut für Romanische Philologie der Rheinisch Westf. Technischen Hochschule Aachen, Alemanha e na Universidade de Tübingen, Alemanha. Autor de 65 livros, suas obras abrangem as áreas didático-pedagógicas, poesia, ficção, cinema, televisão, ensaios e pesquisas e projetos.
NÉLIDA PIÑON – Quinta ocupante da Cadeira 30, eleita em 27 de julho de 1989, na sucessão de Aurélio Buarque de Holanda, e recebida em 3 de maio de 1990 pelo Acadêmico Lêdo Ivo. Em 1996-1997, tornou-se a primeira mulher a presidir a ABL, no ano do I Centenário da Academia. A escritora recebeu diversos títulos de Doctor Honoris Causa, entre eles os das universidades de Poitiers, França; Santiago de Compostela, Espanha – primeira mulher em 503 anos a receber esse título. Catedrática da Universidade de Miami, sucedeu a Isaac B. Singer, Prêmio Nobel. Em 2012, foi nomeada Embajadora Iberoamericana de la Cultura. Catedrática da Cátedra Alfonso Reyes, Cátedra Julio Cortázar, da qual é membro do Comitê de Honra, e, em 2013, na condição de primeiro autor de língua portuguesa e primeira mulher, recebeu a Cátedra Enrique Iglesias. Entre seus obras, estão Livro das Horas e Filhos da América, a ser lançado este mês.
ANA MARIA MACHADO – Sexta ocupante da Cadeira nº 1, eleita em 24 de abril de 2003, na sucessão de Evandro Lins e Silva, e recebida em 29 de agosto de 2003 pelo acadêmico Tarcísio Padilha. A escritora Ana Maria Machado presidiu a Academia Brasileira de Letras em 2012 e 2013. É membro do PEN Clube do Brasil e do Seminário de Literatura da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Integra o Conselho Consultivo do Brazil Institute do King’s College em Londres, e o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. Recebeu a Ordem do Mérito Cultural, no grau de Grão-Mestre, a Medalha Tiradentes, a Grande Ordem Cultural da Colômbia, e a Medalha Tamandaré. Publicou mais de cem livros no Brasil, muitos deles traduzidos em cerca de vinte países.
MERVAL PEREIRA – Oitavo ocupante da cadeira nº 31, eleito em 22 de junho de 2011, na sucessão de Moacyr Scliar, Merval Pereira é jornalista e comentarista da Globonews e da CBN e Colunista de O Globo. Foi eleito Correspondente Brasileiro da Academia das Ciências de Lisboa, em novembro de 2016. Em 1979, recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens “A segunda guerra, sucessão de Geisel”, publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro com o mesmo nome, editado pela Brasiliense, considerado referência para estudos da época e citado por brasilianistas, como Thomas Skidmore. Em 2009, recebeu o prêmio Maria Moors Cabot da Universidade de Columbia de excelência jornalística, a mais importante premiação internacional do jornalismo das Américas.
MARCO LUCCHESI – Sétimo ocupante da cadeira nº 15 da ABL – cujo fundador foi Olavo Bilac, que escolheu como patrono Gonçalves Dias –, eleito em 3 de março de 2011, na sucessão do padre Fernando Bastos de Ávila, Marco Lucchesi publicou, dentre outros livros, Nove cartas sobre a Divina Comédia, O dom do crime, Ficções de um gabinete ocidental, A memória de Ulisses, O bibliotecário do Imperador, Sphera, Meridiano celeste & bestiário. De suas traduções, destacam-se as de Rûmî, Khlebnikov, Rilke e Vico. Obteve duas vezes o Prêmio Jabuti, o Prêmio Alceu Amoroso Lima, pelo conjunto da poesia, o Prêmio Marin Sorescu, na Romênia, o prêmio do Ministero dei Beni Culturali, na Itália. Traduzido para diversas línguas, incluindo a tradução de Curt Meyer Clason.
01/12/2016