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Artigos

  • Qual o caminho?

    O Brasil já passou por várias situações aqui em Davos, no Fórum Econômico Mundial. Já foi o destaque da semana, nos tempos do Plano Real e em alguns anos do governo Lula. O próprio ex-presidente já foi a grande estrela de Davos, mas em anos de baixo crescimento já houve até quem sugerisse que se retirasse a letra B do acrônimo BRICS, deixando para a Rússia, Índia, China e agora a África do Sul as glórias de liderarem os mercados emergentes. Mas este ano está diferente, não há uma compreensão exata da situação do Brasil.

  • A busca da felicidade

    Ao mesmo tempo em que discute os temas econômicos mais atuais, o Fórum Econômico Mundial abre espaços há alguns anos para debates paralelos, e este ano um deles se dedicou a discutir como incluir a felicidade e o bem-estar dos cidadãos na medida da prosperidade de um país, para além do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB). Entre os debatedores, os economistas Jeffrey Sachs, da Universidade Columbia, e o Prêmio Nobel Joseph Stiglitz, além de Laura Chincilla, presidente da Costa Rica, um dos países mais felizes do mundo de acordo com pesquisas ainda incipientes sobre o tema.

  • A incerta Primavera Árabe

    A operação militar da França no Mali contra os terroristas, alguns ligados à Al Qaeda, que dominavam parte do seu território chega a mais uma vitória com a retomada do controle da cidade histórica de Timbuktu, mas a ação de curto prazo não representa uma solução para aquele país do norte da África, cujo maior desafio é a superação de problemas econômicos crônicos. Uma situação que demanda ação humanitária urgente por parte da comunidade internacional. Se a França não tivesse intervindo, a situação teria chegado próximo a uma catástrofe.

  • O tigre e a jaula

    Dois anos depois da eclosão da Primavera Árabe, o caminho para a democracia na região continua difícil e imprevisível e está longe de estar garantido, concluiu o âncora da BBC Nik Gowing depois de uma mesa redonda em Davos sobre o atual estágio do desenvolvimento da democracia nos países árabes afetados pelos processos revolucionários que derrubaram ditadores na Libia, na Tunisia, no Egito, no Iemem, países hoje governados por líderes escolhidos em eleições democráticas impensáveis anos atrás.

  • Os riscos do relaxamento

    As vantagens de curto prazo da política de flexibilização monetária (quantitative easing) adotada em praticamente todo o mundo para enfrentar a crise econômica de 2009 superam os riscos de longo prazo? Num painel do Fórum Econômico Mundial em Davos de que participaram economistas como Nouriel Roubini, professor de economia e negócios internacionais; Stanley Fischer, presidente do Banco Central de Israel; Victor Halberstadt, Professor da Leiden University da Holanda, Leonard N. Stern da Business School da Universidade de Nova York, e Davide Serra, fundador e sócio-gerente da Algebris Investments do Reino Unido e Adam S. Posen, presidente do Peterson Institute para Economia Internacional, dos Estados Unidos, discutiu-se o tema, muito importante para o mundo e, especificamente, para o Brasil.

  • Sem argumentos

    O melhor argumento do senador Renan Calheiros para o retorno à presidência do Senado, sete anos depois do escândalo que o apeou do mesmo cargo, era que já havia sido absolvido pelo Conselho de Ética e que nenhuma denúncia da época havia prosperado, por falta de base. Era inocente, portanto, e tinha o caminho livre para reassumir o cargo que lhe fora tirado indevidamente.

  • Apesar de tudo

    Como a vitória do senador Renan Calheiros era tida como inevitável, o importante é entender por que uma candidatura tão polêmica, para dizer o mínimo, que pode levar o Congresso a um enfrentamento com o Supremo Tribunal Federal, teve passagem tão fácil entre seus pares. A primeira constatação é que a oposição ao que ele representa ficou abaixo do prometido aos organizadores da anticandidatura do senador Pedro Taques, do PDT.

  • Política estéril

    A vitória consumada do senador Renan Calheiros no Senado, e a provável do deputado federal Henrique Alves na Câmara amanhã, parecem dar razão aos defensores do pragmatismo político que faz com que partidos tão heterogêneos    ( serão mesmo ?) formem juntos na mesma coalizão governamental, ou, mais ainda, que senadores do PSDB acabem votando em Renan Calheiros aproveitando-se do segredo do voto, para garantir ao partido um lugar na Mesa Diretora.

  • Fato consumado

    Os especialistas dizem que em política só existem dois fatos a levar em conta: o fato novo e o fato consumado. Consumada a eleição dos dois candidatos oficiais à presidência da Câmara e do Senado, resta agora acompanhar os fatos políticos que decorrerão dessa tomada do Poder Legislativo pelo PMDB. Nas duas vezes em que isso aconteceu, fatos importantes marcaram a História do país.

  • Bravatas perigosas

    O novo comando do PMDB no Congresso joga muito mais para o público interno do que para a opinião pública, e é essa a sua força política. Nos próximos dois anos, terá papel fundamental na facilitação, ou não, do governo Dilma, sendo ator importante na corrida presidencial de 2014. Da relação com o Executivo nascerá um PMDB influente e capaz de se impor na aliança governamental ou uma dissidência política que pode definir o rumo das futuras candidaturas.

  • Bravatas perigosas

    O novo comando do PMDB no Congresso joga muito mais para o público interno do que para a opinião pública, e é essa a sua força política. Nos próximos dois anos, terá papel fundamental na facilitação, ou não, do governo Dilma, sendo ator importante na corrida presidencial de 2014. Da relação com o Executivo nascerá um PMDB influente e capaz de se impor na aliança governamental ou uma dissidência política que pode definir o rumo das futuras candidaturas.

  • A conta de cada um

    Cada um faz a conta que quer. O PMDB contabiliza como vitória a candidatura do deputado federal Júlio Delgado, do PSB, não ter levado a disputa pela presidência da Câmara para o segundo turno, embora Henrique Alves tenha, por causa dela, recebido menos votos do que esperava. Um bom número de votos ao candidato do PSB teria sido dado pelo PT, para enfraquecer o PMDB. A eleição de Alves teria sido, sobretudo, a demonstração de que o PT na Câmara não tem força para se contrapor ao PMDB.

  • Resta a burocracia

    Esclarecida a questão da perda de mandatos dos quatro parlamentares que tiveram seus direitos políticos cassados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não resta mais nenhum recurso aos reclamantes que tentar protelar ao máximo os trâmites burocráticos dentro da Câmara. O presidente Henrique Alves esclareceu que quando afirmava que a questão seria finalizada na Câmara, se referia justamente a esses passos que têm que ser dados antes de declarar vagas as cadeiras e convocar os respectivos suplentes.

  • A questão das alianças

    A candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos do PSB à presidência da República parece a cada dia mais cristalizada no projeto dos socialistas, e agora tratada não mais como objetivo de longo prazo. Caminhamos para uma disputa eleitoral com vários candidatos, e pelo menos dois deles saídos da base governista que está no poder há dez anos: o próprio Campos, a se confirmar sua decisão, e a ex-senadora Marina Silva, por um novo partido a ser formado.

  • O partido-rede

    O partido que a ex-senadora Marina Silva começa a revelar amanhã na reunião plenária que marcará seu lançamento oficial pretende ser um instrumento para desmontar as velhas estruturas partidárias e estabelecer uma rede de relacionamento entre diversos políticos, pertencentes ou não à nova sigla, mas unidos em torno de princípios éticos e programáticos.