Discurso de posse
Senhora Presidente da Academia Brasileira de Letras,
Senhoras e Senhores Acadêmicos,
Minhas Senhoras, meus Senhores,
Tornou-se lugar-comum falar de Homem do Renascimento a propósito dessas personalidades que marcam um certo momento da formação de uma cultura, ocupando um espaço que amplia o horizonte daquilo que seus contemporâneos admitem como possível.
Esses indivíduos excepcionais são, com freqüência, inconformados e revoltados, e quase sempre infensos às regras convencionais da convivência social. A capacidade de assimilar tais indivíduos indica a plasticidade de uma cultura e sua aptidão para avançar na criação de novos valores.
Em minha geração, conheci poucas figuras com esse talento protéico, e é com prazer que destaco dentre elas Darcy Ribeiro. Nessa opinião sobre a personalidade desse brasileiro tão singular não estou sozinho. Recordo-me de que, nos idos dos anos de 1960, comentei com o grande antropólogo norte-americano Charles Wagley um livro recente de Darcy: “É muita audácia criar categorias para abarcar o processo civilizatório num horizonte de tempo tão amplo”, observei. E ele redargüiu sem vacilar: “Há pessoas que se podem permitir essas audácias: são os autênticos gênios”.
Wagley era um profundo conhecedor da obra antropológica de Darcy e eu praticamente a desconhecia. Senti-me confortado na opinião a que chegara intuitivamente de que Darcy era alguém que marcaria nosso País pelo pensamento e pela ação.
Meus primeiros contatos pessoais com ele deram-se no âmbito da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em reuniões organizadas para debater o projeto de criação da Universidade de Brasília. Nessa época eu já conhecia de experiência, como estudante graduado, as Universidades de Paris e de Cambridge, Inglaterra, e havia visitado as universidades de mais prestígio nos Estados Unidos. Estava, portanto, condicionado para aceitar modelos clássicos que cristalizam experiências de outras culturas. Esses modelos pouco interesse despertavam em Darcy, que tinha um propósito claro: criar uma universidade com a função prioritária de pensar o Brasil que estava emergindo do impacto da nova Capital em construção. Deveria contar com centros de excelência, mas, acima de tudo, teria de contribuir para repensar o País em rápida transformação.
Darcy estava convencido de que vivíamos um processo revolucionário e que à nova universidade cabia um papel importante nesse processo. O vigor e a originalidade do pensamento de Darcy vinham de que este se alimentava amplamente de sonhos generosos. Uma conversa que tive com Jean-Paul Sartre, que acabava de visitar Brasília, confirmou-me essa opinião. Referindo-se à concepção arquitetônica de Brasília, Sartre observou: é esplêndida, mas destina-se a uma sociedade que não existe no Brasil. O sonho de Darcy era o mesmo de Oscar Niemeyer. E como não reconhecer que são esses sonhadores que preparam as sociedades para as lutas, que produzem suas melhores conquistas?
Essas impressões se firmaram pouco tempo depois, quando participamos da experiência de governo parlamentarista no gabinete Hermes Lima. Coube-me, como ministro do Planejamento, preparar o projeto de plano de governo que serviria de plataforma à campanha eleitoral do presidente João Goulart visando restaurar o regime presidencial. Nessa época, já se admitia como evidente que o Brasil somente superaria o subdesenvolvimento se realizasse reformas estruturais profundas .
Uma das vantagens do governo de gabinete reside em que todos os ministros são co-responsáveis das decisões mais importantes e trabalham em equipe para superar as divergências e acordar seus pontos de vista. Integravam esse gabinete ministerial pessoas de elevado nível intelectual e competência técnica, como os engenheiros Hélio de Almeida e Eliezer Batista da Silva, o economista Otávio Dias Carneiro, dentre outros. Darcy Ribeiro ocupava a pasta da Educação.
Houve, de início, um intercâmbio de opiniões em torno da política a ser seguida e das metas a serem propostas. Abri o debate fazendo algumas ponderações metodológicas e introduzi o conceito econômico de custo de oportunidade: havia que partir de uma estimativa do volume global de recursos com que poderia contar o Estado, uma vez definido o esforço de poupança que se pretendia requerer da sociedade. Não se podia perder de vista que o montante de recursos destinados a um setor condicionava a disponibilidade de recursos dos demais setores.
Como coordenador, eu sugeri que cada ministério instituísse um grupo de trabalho para preparar seu próprio projeto de plano setorial. Posto que ainda não dispúnhamos de uma estimativa global de recursos, eu me permitia recomendar que começássemos trabalhando com duas hipóteses: uma de metas máximas e outra de metas mínimas a alcançar.
Lembrei que o ingrediente “tempo” desempenha papel fundamental no planejamento e que num mundo em rápida transformação, como o da economia brasileira, ter na devida conta essa variável é particularmente difícil.
Quando iniciei a análise dos projetos de planos setoriais fui agradavelmente surpreendido pelo esplêndido trabalho realizado pela equipe de Darcy. A reflexão introdutória sobre o papel estratégico da educação num projeto de autêntico desenvolvimento econômico e social revelava uma percepção profunda das especificidades de nossa cultura e, em particular, de traços acabrunhantes de uma herança histórica com raízes na escravidão.
Mas não me escapou o irrealismo dos objetivos colimados: as metas mínimas de Darcy superavam os valores máximos com que eu trabalhava e que deveriam ser rebaixados em face dos constrangimentos financeiros que começavam a se manifestar. Tudo o que ele fazia estava impregnado do sopro utópico que emanava de sua imaginação. Minha formação de economista prevenia-me contra o uso imoderado da fantasia. Hoje me dou conta de que a diferença essencial que existia entre nós dois estava em que eu tinha percepção crítica da nossa realidade social, mas dela partia e a ela me adaptava, ao passo que Darcy a rejeitava e alimentava a esperança de transformá-la radicalmente.
* * *
Darcy Ribeiro foi o primeiro pensador que, entre nós, partiu dos processos de desestruturação para captar o sentido global da formação de nossa cultura. Afastando-se do que era corrente no mundo universitário, ele não se armou de conceitos e teorias legitimadores do saber científico de sua época para abordar a realidade social que o preocupava. E isso graças a uma circunstância particular: o seu Weltanschauung filosófico era derivado do marxismo, e este era de escassa valia na análise das estruturas tribais objeto de seu estudo. Mas o marxismo vacinou-o contra a visão sociológica funcionalista que prevalecia em sua época, e isso permitiu-lhe ver como tragédia histórica os processos de deculturação entre os remanescentes dos povos indígenas que observou de perto. Sua visão dos primórdios de nosso processo histórico está marcada por esse ingrediente de tragédia que é a hecatombe de valores que caracteriza a formação inicial da cultura brasileira.
Nas sociedades nacionais originadas de feitorias - nos diz Darcy, referindo-se ao que ele chama de Povos Novos -, a cultura se plasma como uma criação espúria porque nasce condicionada pela dominação colonial.
Ele nos explica que o negro e o índio eram “desumanizados” ao serem tratados como coisa ou como bicho. Assim, a cultura brasileira só tem como constantes “seu caráter espúrio, sua condição de cultura defasada e as conseqüentes vicissitudes de uma cultura alienada”.
Esse quadro de denúncia e de revolta surge como pano de fundo de uma visão positiva daquilo que ele chama de “cultura vulgar”, na qual se manifestaria “a força criativa do povo brasileiro”.
Foi por meio dessa cultura vulgar - recheada de elementos indígenas e africanos - que o povo brasileiro edificou, com os pobres tijolos e cimentos de que dispunha, a cultura nacional no que tinha de assentado na terra e de significativo para toda a população - nos diz Darcy.
Em contraste com essa visão positiva do povo esboça-se uma outra, negativa, das classes dominantes que seriam alienadas, portanto, inconformadas, “cegas para os valores de sua terra e de sua gente”, e inaptas para propor-se um projeto nacional de desenvolvimento autônomo.
Disso resulta que Darcy haja enveredado por um desvio intelectual, a exemplo de outros grandes pensadores do Terceiro Mundo. Ao adotarem uma filosofia da história segundo a qual todos os povos estão destinados a um futuro radioso, sempre que disponham de uma classe social capaz de liderar um processo revolucionário inovador, criaram eles a dependência com respeito ao advento dessa força transformadora e purificadora da sociedade.
Assim, os países de industrialização tardia, com classe trabalhadora industrial raquítica e grandes massas marginalizadas, passariam a depender de outras forças sociais para forjarem um projeto de autotransformação. Se as forças sociais dominantes são incapazes de produzir esse projeto, os respectivos povos estariam condenados a permanecer dependentes ou subdesenvolvidos.
Darcy percebe o impasse a que levava essa démarche intelectual. E por isso reconhece que o nosso futuro não pode ser outro senão a “integração na civilização industrial moderna”. E faz um último voto que o devolve à sua escatologia original, ao afirmar que estamos condenados a atuar, mais cedo ou mais tarde, como opositores históricos do sistema de dominação internacional que está longe da nossa dependência.
* * *
É de particular significação o fato de que Darcy haja coroado sua fecunda atividade com uma obra admirável de legislador no campo da educação. Tudo o que ele realizou tem, com efeito, a marca do Mestre, preocupado em abrir caminhos construtivos às novas gerações deste País ainda em formação.
A nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação, pela qual ele lutou oito anos no Congresso Nacional - os últimos de sua vida “de lutas, de muitos fracassos e umas poucas vitórias”, como ele modestamente reconheceu -, essa lei traduz sua fé de que é pela educação que cabe corrigir as deformações que nos vêm de uma herança histórica com raízes na escravidão. O investimento nas pessoas humanas - elevação do nível educacional do povo - é condição necessária, nos ensina ele, para cimentar as instituições democráticas, cuja solidez requer uma sociedade civil capaz de defender seus valores.
É notório - nos diz Darcy - o fato de que a educação brasileira está muito aquém do desenvolvimento socioeconômico que já alcançamos, e constitui, por isso, fator de atraso e subdesenvolvimento que a nova Lei aponta caminhos para superar.
Com sua fé no avanço das técnicas, ele chama a atenção para o ponto da nova lei que preconiza a educação a distância com base no uso das novas tecnologias didáticas do rádio e da televisão. Sempre prevalecia em sua visão utópica uma confiança entranhada no futuro de nosso País.
* * *
Mas não cabe refletir sobre a obra de Darcy Ribeiro sem levar em conta a prova decisiva a que ele foi submetido quando tomou conhecimento abruptamente de que os seus dias de vida podiam estar contados. Estávamos em Paris, onde eu era um professor exilado e ele ministrava um ciclo de conferências, quando recebeu a notícia de que era portador de um câncer no pulmão e de que a única chance de prolongar a vida era aceitar o risco de se submeter à ablação desse pulmão o mais rápido possível.
Nessa época, ele se empenhava, nas condições adversas de um exílio que já se prolongava por cerca de um decênio, na construção de uma obra ambiciosa que teve seu primeiro pilar no Processo civilizatório , publicado em 1968. Contou-me que interpelara o médico francês sobre o tempo de que poderia dispor para escrever uma obra que já tinha esboçada na mente. E acrescentou para mim: sinto-me predestinado a escrever um livro que traduza a essência do trabalho intelectual que realizei em toda a minha vida.
Lembro esse episódio para assinalar que Darcy, passados os 50 anos, considerava que o principal de sua obra ainda estava por vir. O formidável trabalho etnológico que produzira durante muitos anos ele o realizou balançando-se na rede em aldeias indígenas, para usar suas próprias expressões.
A riquíssima experiência que acumulara de vivência no mundo dos índios o impregnara profundamente e o levara a pensar que estava preparado para aventurar-se na tentativa temerária de reproduzir em sua globalidade o sistema de valores de uma cultura indígena exemplar. Ora, esse sonho de muitos antropólogos jamais fora plenamente realizado.
Atrevo-me a pensar que foi a experiência de viver a morte antecipada que precipitou Darcy na maravilhosa aventura de montagem intelectual do edifício de uma cultura há milênios cristalizada, a partir do esboço de personagens captadas ao vivo . A comprovação de seu gênio está na intuição que o iluminou, de que, para realizar essa obra, deveria valer-se da dupla linguagem da etnografia e da ficção literária, do que resultou essa criação vertiginosa que é Maíra . A desnorteante construção do romance se apóia no contraponto de duas criaturas humanas desgarradas de suas matrizes culturais e em luta desesperada para recuperar a própria identidade.
A jovem loura - Alma - e o jovem indígena - Isaías - são levados por forças de um destino sem apelo, pois quem se desgarra de suas raízes culturais está perdido. Alma pensa encontrar a salvação realizando-se na plenitude como fêmea para quem nada que é humano é estranho, num retorno ao vigor da natureza primeva . Isaías perde-se como um sonâmbulo na tentativa vã de integrar o imaginário de duas culturas em uma mesma metafísica. E os dois são arrastados inexoravelmente à autodestruição, rejeitados pelos mundos místicos em que se haviam refugiado.
Combinar os recursos de duas linguagens - a filosófica e a literária - é experiência de que temos belos exemplos desde os Diálogos de Platão até o teatro de Sartre. Mas integrar duas linguagens que traduzem dois sistemas de cultura, isto é, os valores de dois mundos essencialmente distintos, é uma aventura intelectual, creio, sem precedente. Dou ênfase a essa constatação factual porque foi a partir dela que me convenci do valor universal da obra de Darcy Ribeiro.
* * *
Senhoras e Senhores Acadêmicos,
Senhoras e Senhores.
O patrono desta cadeira - Fagundes Varela - figura em nossa história literária como um romântico tardio. Quando ele, com menos de 20 anos, estréia com a publicação de poemas, em 1860, já estava amortecida entre nós a tradição byroniana, lembra-nos Antonio Candido. Contudo, esse lírico exaltado produziu em sua curta vida uma obra que inclui poemas de reconhecido refinamento formal e elevada inspiração.
Versos de extraordinária sonoridade em estrofes de rimas internas, como os seguintes:
Nas horas tardias que a noite desmaia,
Que rolam na praia mil vagas azuis,
A lua cercada de pálida chama
Nos mares derrama seu pranto de luz,
Eu vi entre as flores de névoas imensas,
Que em grutas extensas se elevam no ar,
Um corpo de fada, serena dormida,
Tranqüila sorrindo num brando sonhar.
Fagundes Varela, que se consumiu com a intensidade de uma chama, foi marcado por profundo sentimento de brasilidade, sendo, portanto, um autêntico precursor de Darcy Ribeiro.
* * *
O fundador desta Cadeira número 11 foi um antepassado meu, Lúcio Furtado de Mendonça , de quem possivelmente herdei os pendores memorialísticos, o gosto malsucedido pela ficção literária e uma irreprimível sensibilidade social. Esse socialista declarado empenhou-se na criação desta Academia e certamente a ele mais do que a ninguém devemos a existência desta nobre Instituição.
Também tenho uma dívida para com o segundo ocupante da Cadeira número 11, o renomado jurista Pedro Lessa. Nos primórdios de minha formação filosófica, recebi forte influência positivista, que sempre considerei benéfica , pois, graças a ela, cedo percebi o valor do método das ciências experimentais. Mas foi lendo Pedro Lessa que também tomei contato com o pensamento de Kant e comecei a perceber que há mais mistérios no céu e na terra do que pensa a vã ciência natural, se me permitem a paráfrase.
O ocupante seguinte desta cadeira seria Eduardo Pires Ramos, que faleceu antes de ser recebido. Sua reduzida obra foi celebrada pelo apurado estilo e fino uso da sátira. A ele se deve a iniciativa do projeto de lei que reconheceu esta Academia como instituição de interesse público.
João Luís Alves, a quem coube a cadeira que não chegou a ocupar Eduardo Ramos, notabilizou-se por sua oratória parlamentar.
Como para confirmar a amplitude do espectro de sensibilidades que abarca esta Casa, que vem de completar cem anos, ao sisudo João Luís Alves sucedeu o alegre trovador Adelmar Tavares.
Antecedeu Darcy Ribeiro o celebrado neurologista e refinado humanista Deolindo Augusto de Nunes Couto. Sua presença serviu por muitos anos para confirmar a imagem desta Academia como congregação de valores representativos da vida cultural de nosso País e não apenas como prestigioso cenáculo de letrados.
* * *
Senhoras e Senhores Acadêmicos,
Senhoras e Senhores.
Estou convencido de que é cada vez mais modesto o papel que cabe a nós, intelectuais, nessa “tecnópolis ” em que os homens ingressaram de forma irreversível. O homem moderno fez um pacto faustiano com a razão técnica e seu destino parece cada vez mais determinado por forças que escapam a seu controle. O custo ecológico de nosso compulsivo avanço tecnológico se manifesta de forma alarmante. A engenharia genética está criando tanta incerteza sobre o futuro do gênero humano quanto aquela que a acumulação de artefatos termonucleares já havia engendrado.
Que as civilizações são mortais é uma advertência que nos fez Paul Valéry desde albores do século que se despede. Mas, que a humanidade como um todo também seja mortal é algo que coube à nossa geração descobrir. Assegurar a sobrevivência da espécie será, no futuro, um objetivo maior da cooperação internacional.
Temos, portanto, de reconhecer que a paz e a cooperação entre os povos tornaram-se uma condição de sobrevivência.
Faço essas lucubrações para enfatizar a responsabilidade que nos advém coletivamente, como seres humanos, na construção de um mundo cada vez mais interdependente. O homem é uma força transformadora deste mundo. Cabe-lhe, portanto, parte de responsabilidade na descoberta dos caminhos que percorrerá. O avanço das técnicas reduz o espaço de iniciativa individual e amplia o alcance das decisões coletivas. Daí a urgência de que nos entendamos sobre os valores universais e de que avancemos na construção do quadro institucional que assegure o acesso ecumênico aos direitos fundamentais de mulheres e homens.
Em síntese , as ameaças criadas pelos avanços das técnicas puseram os homens diante da disjuntiva de ter de enfrentar os riscos de autodestruir-se ou de partir para a construção de um mundo solidário .
Darcy Ribeiro chegara a conclusão idêntica observando as grandes disparidades de culturas, raças e heranças históricas que constituíram o magma formativo do povo brasileiro. Nosso povo deverá escolher entre mergulhar no tribalismo ou encetar a modelagem de uma nova civilização caldeando valores díspares.
Se prevalece o tribalismo, está ameaçada a sobrevivência do Brasil como ator histórico.
Afirmei que o domínio avassalador da razão técnica limita cada vez mais o espaço em que atuam os seres humanos. Quero concluir estas palavras lembrando que o homem é um processo alimentado por um gênio criativo que sempre nos surpreenderá. Cabe às instituições culturais, como a esta Academia, velar para que essa chama criativa se mantenha acesa e ilumine as áreas mais nobres do ser humano. E somente se mantivermos essa lucidez seremos co-autores de nosso próprio destino.
Muito obrigado.