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Artigos

  • O bufão amargo

    Não é de hoje que os artistas, em geral, são os bobos da corte, ou seja, do poder. E a função dos artistas não é apenas a de distrair os poderosos, pelo contrário -a principal missão deles é criticar e, às vezes, insultar o poder.

  • Novo fôlego

    A confirmação da candidatura do ex-governador José Serra à Prefeitura de São Paulo refaz a disputa paulistana, dando ao PSDB uma perspectiva de vitória que antes não tinha. O apoio do PSD à candidatura de Fernando Haddad poderia levar à vitória do candidato petista no primeiro turno.

  • O "bom" nazista

    A editora Nova Fronteira acaba de lançar um novo livro de Joachim Fest, contendo suas conversas com Albert Speer, o arquiteto de Hitler cujas lembranças, como o próprio autor confessa, foram fundamentais para escrever a biografia do ditador, hoje considerada a melhor obra sobre os momentos finais do regime nazista.

  • Liberdade de imprensa

    O sigilo sobre a doença do presidente venezuelano Hugo Chavez e o episódio do “perdão” do presidente equatoriano Rafael Correa a jornalistas condenados pela Justiça por o terem atacado através do jornal El Universo, são duas faces de uma mesma questão que aflige a América Latina como um todo: a tentativa de governos autoritários ou ditaduras de conter a liberdade de expressão.

  • Enfim, uma política de Estado

    A aprovação na Câmara do projeto que institui novas regras para a aposentadoria dos servidores públicos é um passo importante para equilibrar as contas no sistema previdenciário brasileiro. E deve ser saudada como a concretização de uma política de Estado de reforma do sistema previdenciário que atravessa quatro governos, dois tucanos e dois petistas.

  • Mandato-cidadão

    A relação do eleitor com o candidato sofrerá uma alteração fundamental a partir destas eleições municipais, as primeiras a se realizarem sob os efeitos de uma mudança cultural no país simbolizada pela aprovação da Lei da Ficha Limpa pelo Supremo Tribunal Federal.

  • Os simétricos descaminhos europeus

    Não temos precedentes de certezas tão tranquilas de derrota, quanto as que se pronunciaram, neste último biênio, em situações limites como a da Espanha e, agora, da França. O governo de Zapatero escolheu como candidato um bode expiatório, certo da derrota, como a própria condição de sobrevivência do Partido Socialista Espanhol a largo prazo. Os números devastadores do desemprego, a mostrar a profundidade da crise de 2008, não deixavam nenhuma ilusão quanto às esperanças das esquerdas, então no poder. De toda a forma, a fragmentação dos resultados locais, especialmente na Catalunha, não deu ao governo Pujol a visão de uma maioria nítida e, sobretudo, a de uma mobilização conservadora. Desaparecia toda programática, diante de um mal-estar difuso do país, roído pela crise, mas, especialmente, pela ambiguidade ou mesmo pelas contradições das fórmulas saídas da crise, num anticlímax que perdura após a derrota das esquerdas espanholas.

  • Queremos um aluno feliz

    Primeiro que tudo, é preciso que todos estejam na escola.  Hoje, a população brasileira de 4 a 17 anos tem 3,8 milhões de crianças e  jovens fora da escola, o que é um número impressionante.  Quando parecia que a questão da quantidade estava resolvida, eis que surge a triste realidade.  Em segundo lugar, buscamos a escola ideal, ainda distante, que seria aquela em que os alunos seriam felizes, com praticamente todas as suas necessidades  básicas atendidas.

  • Fora do tapete vermelho

    Nunca dei muita bola para os prêmios da Academia de Hollywood; raramente assisto a alguns pedaços da cerimônia, que me parece um pouco provinciana, com os premiados agradecendo à mãe, aos filhos, aos parentes até a terceira geração.

  • O debate da Defesa

    Está para ser aprovada pelo Congresso a Medida Provisória 544 que cria a figura da Empresa Estratégica de Defesa. O Ministério da Defesa está definindo o Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa (PAED), que deve indicar os produtos que deverão ser adquiridos da indústria nos próximos 20 anos. Há quem tema, como o professor Eduardo Brick, do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST) da Universidade Federal Fluminense, que esse plano não seja feito de forma a integrar as necessidades das Forças Armadas àquelas destinadas a fortalecer e preparar a indústria e promover a inovação relacionada a esses produtos. No Brasil os problemas afetos à indústria de defesa estão distribuídos por três ministérios (Defesa, Desenvolvimento e Indústria e Comércio e Ciência e Tecnologia) e o planejamento exige uma estreita interação entre esses três entes públicos, além da própria indústria, que teria muito a colaborar nesse planejamento. Ao mesmo tempo está para ser votado um Projeto de Lei de Conversão que será muito importante porque cria a figura da empresa brasileira "nativa" na Base Logística de Defesa (BLD), designação que Brick usa para diferençar de empresa brasileira.

  • Plano estratégico

    Preocupado com os rumos que pode tomar no Congresso a discussão da Estratégia Nacional de Defesa (END), o professor Eduardo Brick da Universidade Federal Fluminense criou, a partir de pesquisas do Instituto de Estudos Estratégicos (INEST), um projeto de agenda nacional voltada para reorganizar, fortalecer e sustentar a Base Logística de Defesa Nacional, de modo que ela possa atender ao que está previsto, com cinco pontos principais.

  • Recrutando as cariocas

    Deve ser obra do famoso peso da idade, porque a cada ano fica mais difícil enfrentar a descompressão, na volta de minha temporada na ilha. Aliás, não costuma ser bem uma descompressão, antes é o seu contrário. Sai-se do sossego da ilha para enfrentar todas as fontes de estresse geradas pela cidade grande e mergulhar onde as coisas estão acontecendo e os destinos nacionais são discutidos e traçados. É meio chato mesmo e faz um bem enorme à saúde a gente passar um bom tempo sem assistir a noticiários de televisão e ler jornais, é uma espécie de spa mental e emocional, uma boa faxina em tanta tralha acabrunhante que não cessam de nos enfiar no juízo.

  • Dificuldades

    A decisão do presidente do PSB, governador Eduardo Campos, de adiar "até junho" uma decisão oficial sobre quem seu partido apoiará na campanha para a Prefeitura de São Paulo mostra bem a dificuldade que o PT terá para montar uma coalizão partidária que dê suporte à por enquanto frágil candidatura do ex-ministro Fernando Haddad.

  • Os números enganam

    A não ser os populistas de sempre, que fazem da política trampolim para seus interesses pessoais, ou então os militantes que aproveitam qualquer brecha para valorizar as supostas vantagens de seu governo, mesmo quando vantagens aparentes são apenas fantasias manipuláveis, não se viu o governo comemorar a informação de que o Brasil chegou ao sexto lugar no ranking das maiores economias do mundo medidas pelo Produto Interno Bruto (PIB), confirmando previsões, apesar do pequeno crescimento ocorrido em 2011.