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Artigos

  • Tempos difíceis

    Eleição em tempo de crise foge completamente dos padrões. O discurso dos candidatos fica pelo menos mais honesto, já que não é possível pintar com cores alegres o quadro econômico que todos estão sentindo na pele.

  • O inverno de nossa desesperança

    Última aula do ano letivo, o professor se despede da classe, deseja que todos façam um bom exame final, tenham as melhores férias possíveis e, mais por delicadeza do que por necessidade, pergunta se existe qualquer dúvida sobre a matéria dada no curso.

  • A eternidade do livro impresso

    A discussão sobre a sobrevivência do livro impresso está muito acesa. Em parte, é reflexo do que acontece nos países mais desenvolvidos, onde há uma oferta progressiva de ebooks. Aqui entre nós, por enquanto, o crescimento é lento. Em todo o comércio eletrônico nacional, não há mais de 7 mil títulos disponíveis. Para se ter ideia da discrepância dos números, só a Amazon conta hoje com cerca de 950 mil títulos.

  • Opinião pública e democracia profunda

    O ministro Gilberto Carvalho avançou, no fórum de Porto Alegre, proposta crítica  para o aprofundamento da  democracia em nosso país.  Mas, no quadro da sua problemática  contemporânea,  não há só a reconhecer o  avanço do Brasil, hoje, diante  das perplexidades das esquerdas europeias e do risco fundamentalista americano, frente à complexidade da vida social e econômica dos nossos dias. Ou, sobretudo, dos sistemas de controle que aquele regime político engendra, assegurando a liberdade para o exercício pleno da cidadania. O ministro evidencia a grande tensão atual entre a manifestação da opinião pública e o seu controle pelo universo mediático, que pode levar às adesões de massa aos interesses de um status quo generalizado, a partir do capital financeiro internacional.

  • Superlotação

    O consenso entre os especialistas é que o mundo chegará a ter uma população, por volta de 2050, de até 10,5 bilhões de pessoas. Uma previsão mais radical das Nações Unidas chega a elevar esse número para 16 bilhões de pessoas no final do século.

  • Além da economia

    Um dos painéis mais instigantes do Fórum de Davos discutiu o futuro da economia e incluía dois Prêmios Nobel de Economia – Peter Diamond, do Massachusetts Institute of Technology, e Joe Stiglitz, da Universidade Columbia de Nova York.Também participaram Robert Shiller, de Yale, e Brian Arthur, do Instituto Santa Fé.

  • O colapso das cidades

    Sempre que encontrávamos um engarrafamento de trânsito em qualquer lugar do Brasil, vinha logo a resposta de "parece que estamos em São Paulo", onde há muitos anos o problema de tráfego parece ser insolúvel.

  • Verbos defectivos (Conclusão)

    Um critério para que apelam constantemente os gramáticos é a eufonia, isto é, atender à boa sonoridade, não ser desagradável ao ouvido. Mas este mesmo critério não pode ser levado com rigidez, pois se se negam aos defectivos ‘colorir’ e ‘polir’ as formas, por exemplo, ‘coloro’ e ‘pulo’, já não se consideram antieufônicas ‘coloro’ e ‘pulo’ dos verbos ‘colorar’ e ‘pular’.

  • Merkozy

    O apoio que a chanceler alemã, Angela Merkel, está ostensivamente dando à reeleição do presidente francês, Nicolas Sarkozy, é tratado por ela como uma questão de política partidária. Segundo disse ontem, é normal apoiar um candidato da mesma linhagem política, da mesma maneira que o candidato socialista, François Hollande, participou recentemente do congresso do Partido Social Democrata alemão, o SPD.

  • Lembranças do Francis

    Vi no Canal Brasil o documentário sobre o 15º aniversário da morte do jornalista Paulo Francis. Bom programa, inclusive com o final wagneriano de "Tristão e Isolda", talvez seu trecho lírico preferido.

  • Xadrez paulista

    A incapacidade do PSDB de definir seus rumos, empacado eternamente na disputa entre suas principais lideranças, tem sido muito discutida nos últimos dias, tanto por seus próprios membros, o mais destacado deles, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, quanto pelos analistas petistas ou ligados ao partido por interesses variados.

  • Discussão semântica

    Mudou o paradigma, e é bom que isso tenha acontecido, superamos essa discussão inútil, estéril, ideológica sobre as privatizações que dominou as últimas eleições presidenciais. Mas será que conseguiremos sair mesmo desse impasse vazio? Pela reação dos petistas, parece que não. Estão todos na defensiva, tentando explicar que "concessão" não é o mesmo que "privatização", uma discussão semântica ridícula.

  • Baixa política

    Muito além da questão de segurança pública, colocada em xeque com a greve dos policiais militares em Salvador e a preocupação com uma possível ampliação do movimento para outros estados, inclusive o Rio de Janeiro, em cima do carnaval, há uma questão de fundo muito grave: a participação de políticos para se aproveitar da greve e tentar espalhar as manifestações pelo país.

  • Inclusão digital insustentável

    Chegamos a meio século de existência da  Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em suas várias versões, a partir de 1961.  Não se pode afirmar que a LDB tenha trazido boas soluções para os grandes problemas nacionais. A rigor, as Leis 4.024/61, 5692/71 e 9394/96 (em vigor) constituíram-se em belas colchas de retalhos.  Talvez suas piores consequências tenham sido a frágil e tardia assistência à educação infantil e a bigconfusão em torno do ensino médio, que cria embaraços à inclusão digital pretendida em nossos dias.  De jeito que está ela parece insustentável.

  • Prioridades democráticas e neofundamentalismo

    O fato de ser o Brasil o país-foco da Conferência de Davos só ressaltou mais a contundência do pronunciamento do ministro Patriota, diante da interpelação equívoca do presidente da Human Rights Watch, Kenneth Roth, sobre a nossa falta de apoio à presença militar externa na Líbia, e às sanções ao governo sírio. Pode, de vez, Patriota, aclarar o quanto o intervencionismo internacional nesses países não poderia mascarar o neoimperialismo da Otan na área, em contraponto à tarefa que caberia às entidades regionais, como foi o intuito da Liga Árabe, e, exatamente, com o apoio brasileiro.