
Lembrando Rubem Braga
Só o nome de Cachoeira de Itapemirim já lembra Rubem Braga, confirmando a relação afetuosa que detinha com sua terra. Como se já fosse a continuação dela. E Rubem se reconhecia homem com certa emoção do interior, dando a impressão de contemplar o mundo a partir de seu quintal ou de seu rio. Tinha curiosa consciência de nomadismo - ou a transitoriedade que caracteriza o cronista de jornal, onde as notícias se apagam com a mesma velocidade com que se enunciam. A comparação é dele: "o cigano toda a noite erguia a sua tenda e pela manhã a desmancha, e vai".