‘A tísica na literatura: da peste ao lirismo acadêmico’ é o tema da terceira palestra do ciclo da ABL ‘Literatura e Medicina’ coordenado pelo Acadêmico e jornalista Cícero Sandroni
Publicada em 11/10/2017
A Academia Brasileira de Letras deu continuidade a seu ciclo de conferências do mês de outubro de 2017, intitulado Literatura e Medicina, com palestra do jornalista Gabriel Oliven. A coordenação foi do Acadêmico e jornalista Cícero Sandroni. A conferência foi realizada no dia 24 de outubro, terça-feira, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, Primeira-Secretária da ABL, é a Coordenadora-Geral dos ciclos de conferências de 2017.
Literatura e Medicina terá mais uma palestra, no dia 31, com o Acadêmico Cícero Sandroni, no mesmo local e horário, com o seguinte tema: O alienista: da psicanálise à ficção.
Foram fornecidos certificados de presença.
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O TEMA
A palestra, de acordo com o conferencista, abordou a influência da medicina e da literatura na trajetória do médico e autor gaúcho, tendo a palavra como fio condutor.
“A interseção entre medicina e literatura semeou um campo fértil na construção da identidade de Moacyr Scliar. As duas atividades caminharam juntas, de forma complementar, sempre ampliando seu horizonte profissional. O ponto de união entre as duas carreiras foi a palavra. Daí o título desta apresentação, extraído do livro A Face Oculta”.
Segundo Gabriel Oliven, na coletânea de crônicas publicadas por Scliar, há um texto que compara medicina e literatura, além de apontar 12 obras inesquecíveis para ele. Oliven informou que, para Scliar, além do território da emoção humana, médicos e escritores partilham a palavra como instrumento comum, mas de forma diversa: “O médico avalia a emoção, o escritor a utiliza como matéria-prima. É claro que nos dois casos a atitude é diferente. O médico vê na palavra um recurso terapêutico, o escritor parte dela para a criação artística”.
E concluiu: “Scliar ressalta, porém, que há momentos em que escritores tratam de doenças e médicos aprimoram seu trabalho com recursos literários. De qualquer forma, a superposição torna-se mais evidente quando o escritor se torna profissional de saúde ou quando o médico transforma-se em escritor. Este é o caso de Scliar”.
O CONFERENCISTA
Jornalista gaúcho, radicado há 30 anos no Rio de Janeiro, Gabriel Oliven é formado em jornalismo pela PUC-RS, com pós-graduação em Comunicação Empresarial pela Universidade Candido Mendes.
Foi repórter e chefe de reportagem no jornal O Globo, Editor de Política e Economia no jornal O Dia, diretor de Comunicação Social da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente, trabalha como coordenador-geral da Lupa Comunicação. Ao lado da irmã Judith, foi um dos idealizadores da exposição “O Centauro do Bom Fim” (2014), sobre a obra de Scliar, que atraiu um público de mais de 100 mil pessoas.
18/10/2017Publicada em 11/10/2017