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Acadêmico Eduardo Portella faz na ABL a palestra de encerramento do ciclo “O problema da interpretação”

 

O Acadêmico, professor, ensaísta e crítico literário Eduardo Portella faz a palestra de encerramento do ciclo "O problema da interpretação" – A interpretação literária, sob coordenação do Acadêmico Domício Proença Filho, Secretário-Geral da Academia Brasileira de Letras. A conferência está marcada para terça-feira, dia 30 de setembro, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

O Acadêmico Antonio Carlos Secchin é o coordenador geral dos ciclos de conferência de 2014.

Serão fornecidos certificados de frequência.

Os ciclos de conferências, com patrocínio da Petrobras, são transmitidos ao vivo pelo portal da ABL.

Saiba mais

Sexto ocupante da Cadeira nº 27, eleito para a ABL em 19 de março de 1981 – na sucessão de Otávio de Faria e recebido em 18 de agosto do mesmo ano pelo Acadêmico Afrânio Coutinho –, Eduardo Portella nasceu em Salvador (BA), em 08 de outubro de 1932. É Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco. Concomitantemente – como permitia a lei educacional naquele período –, fez estudos em instituições europeias de ensino superior. Em Madri, estudou Filologia, Romanística, Crítica Literária e Estilística com Dámaso Alonso e Carlos Bousoño, e Filosofia com Xavier Zubiri e Julián Marías. Em Paris, frequentou as aulas de Bataillon, no Collège de France. Em Roma, na Faculdade de Letras, assistiu a aulas de Giuseppe Ungaretti, sobre Literatura Italiana. Ao retornar ao Brasil, começou sua colaboração regular de crítico literário no Diário de Pernambuco e fez parte do grupo de jovens intelectuais que fundou a Editorial Sagitário.

Estreou em livro, em 1953,  com Aspectos de la poesía brasileña contemporánea, tese apresentada na I Jornada de Lengua y Literatura Hispanoamericana, em Salamanca. Fez opção pela docência universitária, inicialmente em Madri, na Faculdade de Letras da Universidade Central de Madri e, em Recife, na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Federal de Pernambuco, prosseguindo no Rio de Janeiro, na Faculdade de Letras da UFRJ. Em 1979, foi designado Ministro de Estado da Educação, Cultura e Desportos. E impôs uma posição clara pela abertura, contra a censura e qualquer forma de arbítrio.

Em 1988, foi nomeado Diretor Geral Adjunto da Unesco, cargo que ocupou por cinco anos consecutivos. Foi eleito, para o período de 1997-1999, pelo colegiado superior, Presidente da Conferência Geral da Unesco. Coordena, desde 1998, o Comitê Chemins de la Pensée (Unesco-Paris). E foi eleito em 2000, e reeleito em 2003, Presidente do Fond International pour la promotion de la Culture (Unesco-Paris). Dessas funções se desligou em 2009, para se dedicar à edição de suas obras reunidas, publicadas e por publicar.

Regressando ao Brasil, e então designado Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro, continua ministrando seus cursos na Faculdade de Letras, em nível de Mestrado, Doutorado e Pós-Doutorado. É também membro da Academia Brasileira de Educação.

24/9/2014

24/09/2014 - Atualizada em 23/09/2014