Acadêmico Antonio Carlos Secchin estreia na literatura infantil com o livro ‘O galo gago’
Publicada em 19/09/2018
Publicada em 19/09/2018
Publicada em 10/08/2018
Publicada em 19/06/2018
Na capa de Exílio, de Lucas Guimaraens, uma imagem negra se adensa, depois se esvazia, até se configurar em pigmentos estilhaçados. Que melhor representação para o exílio, senão o estilhaço? Pontos nômades, sem centro, submersos no "lago das incertezas", subtítulo deste que é o terceiro livro de poemas do autor.
Em 2017, a Academia Brasileira de Letras irá comemorar 120 anos. Criada por iniciativa de Lúcio de Mendonça, reuniu um grupo de 40 escritores, dentre os quais Machado de Assis, à época um de seus mais idosos fundadores. Autor já consagrado, com inconteste ascendência sobre os mais jovens, presidiu a Casa até morrer, em 1908.
Mais do que simples protocolos de cordialidade, as dedicatórias de livros podem revelar relações de poder ou ainda desferir dardos acolchoados sob a aparente maciez de um "abraço amigo". Cumpre, desde logo, distinguir as dedicatórias tipográficas — que, de algum modo, intentam tornar pública uma relação particular, eternizando-a na página impressa — das dedicatórias manuscritas, direcionadas, a princípio, ao âmbito privado, mas que muitas vezes o extrapolam, exibidas em bibliotecas públicas ou nas prateleiras dos sebos. João Cabral de Melo Neto era considerado parcimonioso (para dizer pouco) em suas manifestações sobre a literatura brasileira. Ao contrário dos entusiásticos elogios a autores de língua inglesa e espanhola, o que se constata é o caráter minguado da parte que nos cabe nesse latifúndio das letras preferenciais do afeto cabralino.