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Biografia

Quinto ocupante da cadeira nº 24, foi eleito em 8 de dezembro de 1994, na sucessão de Ciro dos Anjos e recebido em 25 de julho de 1995 pelo acadêmico Ledo Ivo, tomando posse em 25 de julho de 1995.Sábato (Antônio) Magaldi nasceu em Belo Horizonte (MG), em 9 de maio de 1927 e faleceu em 14 de julho de 2016, em São Paulo (SP). Bacharel em Direito pela Universidade de Minas Gerais, em 1949, obteve o certificado de Estética da Sorbonne, em 1953, com bolsa de estudos concedida pelo Governo francês.

Iniciando-se na administração pública em 1948, no Rio de Janeiro, chefiou o gabinete do Departamento de Assistência do Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado, então dirigido por Ciro dos Anjos, sendo depois chefe de Divisão e Procurador da entidade.

Foi crítico teatral do Diário Carioca de 1950 a 1953. Transferindo-se para São Paulo, nesse ano, a convite de Alfredo Mesquita, passou a lecionar História do Teatro na Escola de Arte Dramática, onde criou, em 1962, a disciplina de História do Teatro Brasileiro. Redator do jornal O Estado de São Paulo de 1953 a 1972, tornou-se, em 1956, titular da coluna de teatro de seu “Suplemento Literário”. R

Foi igualmente redator-chefe e crítico teatral da revista Teatro Brasileiro, que se publicou em São Paulo (nove números, de novembro de 1955 a setembro de 1956). Crítico teatral do Jornal da Tarde, desde sua fundação, em 1966, aposentou-se do cargo em fins de 1988.

Professor da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, desde 1970, doutorou-se na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, em 1972, com uma tese sobre o Teatro de Oswald de Andrade.

Foi o primeiro secretário municipal de Cultura de São Paulo, de abril de 1975 a julho de 1979, na administração Olavo Egídio Setúbal;

Em 1983, fez livre-docência na ECA, defendendo a tese “Nelson Rodrigues: dramaturgia e encenações”. Prestou, em 1985, concurso para professor adjunto, tornando-se, em março de 1988, professor titular de Teatro Brasileiro.

Nos anos letivos de 1985-1986 e 1986-1987, lecionou, como professor associado, no Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle), e, nos anos letivos de 1989-1990 e 1990-1991, também como professor associado, no Instituto de Estudos Portugueses e Brasileiros da Universidade de Provence, em Aix-en-Provence.

Proferiu conferências e deu cursos, em épocas diversas, no Chile, na França, na Alemanha, na Itália, em Portugal e na Áustria, além de numerosas cidades brasileiras.

Entre diversas outras atividades, foi criador, junto com o cenógrafo Aldo Calvo, das Bienais de Artes Plásticas de Teatro, realizadas no quadro das Bienais de São Paulo; primeiro representante do Serviço Nacional de Teatro, em São Paulo, na administração Edmundo Moniz; membro da Comissão Municipal de Teatro de São Paulo e, várias vezes, da Comissão Estadual de Teatro; membro do Conselho Federal de Cultura de 1975 a 1985, licenciando-se, para lecionar em Paris; membro do Conselho Cultural da Coordenadoria Cultural da Universidade de São Paulo, do qual se licenciou, em 1989, para lecionar em Aix-en-Provence.

Foi galardoado com a Medalha de Ouro da Associação Paulista de Críticos Teatrais, como Personalidade Teatral de 1962, recebeu o Prêmio Jabuti de Teatro, da Câmara Brasileira do Livro, em 1963 e 1965; a Medalha do Mérito Literário, categoria Teatro, do PEN Clube de São Paulo, em 1972; o Prêmio Especial de Teatro da Associação Paulista de Críticos de Artes, em 1976; o Prêmio Personalidade das Artes Plásticas, da Associação Paulista de Críticos de Artes, e o Prêmio Molière (Especial) da Air France,  ambos no mesmo ano; a Medalha de Honra da Inconfidência, do Governo de Minas Gerais, em 1982; a Menção especial da Associação Paulista de Críticos de Artes, em 1988; o Troféu Mambembe, em São Paulo, da Fundação Nacional de Artes Cênicas, na categoria: Grupo, Movimento ou Personalidade; o Troféu Mambembe no Rio de Janeiro, da FUNDACEN, na categoria: Grupo, Movimento ou Personalidade; o Prêmio Sérgio Milliet de ensaio, da União Brasileira de Escritores, em 1988; o Prêmio Jorge Andrade (destinado ao Melhor Ensaio sobre Dramaturgia), da Associação Brasileira de Crítica Literária, no mesmo ano; o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto da obra, em 1990; o Prêmio por “relevante desempenho na área de pesquisa” na Escola de Comunicações e Artes, concedido pela Reitoria da Universidade de São Paulo, em 1993; o Prêmio Especial da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo, em 1994; o Prêmio da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais, em 1995, e o Prêmio Juca Pato, de Intelectual do Ano de 1997, da União Brasileira de Escritores.

Além de suas próprias obras, editou numerosos clássicos da dramaturgia brasileira, assim como participou de inúmeras e importantes publicações sobre o teatro.

Atualizado em 09/08/2017.