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Biografia

Terceiro ocupante da Cadeira 5, eleito em 14 de novembro de 1917, na sucessão de Osvaldo Cruz e recebido em 15 de abril de 1919 pelo Acadêmico Afrânio Peixoto. Recebeu os Acadêmicos Laudelino Freire, Roquette-Pinto e Celso Vieira.

Aloysio de Castro, médico, professor e poeta, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 14 de junho de 1881, e faleceu, na mesma cidade, em 7 de outubro de 1959.

Era filho de Francisco de Castro, de quem lhe veio o gosto pelas letras, as artes e a música, além de profundas lições de vida. Foi aluno do Colégio Kopke, onde fez os estudos fundamentais e cursou latim, passando a ter também em casa um professor desse idioma. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde colou grau de doutor em medicina em 1903, tendo obtido o prêmio de viagem à Europa oferecido pela mesma Faculdade. Tudo indicava que o novo médico seria um grande nome na sua carreira, mas não se podia prever o ecletismo da atividade literária e seu interesse pela música.

Foi interno de Clínica Propedêutica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (1901-1903); assistente de Clínica Propedêutica da Faculdade de Medicina (1904-1908); subcomissário de higiene e assistência pública do Rio de Janeiro (1906-1908); professor substituto e, a seguir, professor catedrático de Patologia Médica e de Clínica Médica (1915-1940); diretor geral da Faculdade de Medicina (1915-1924); diretor geral do Departamento Nacional de Ensino (1927-1932); médico da Santa Casa da Misericórdia.

Aloysio de Castro publicou, além de obras científicas, ensaios e conferências, alguns livros de poesia, além de compor peças musicais para piano e para canto.

Era membro da Academia Nacional de Medicina, da qual foi presidente; da Sociedade de Neurologia, Psiquiatria e Medicina Legal do Rio de Janeiro; da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; membro honorário da Sociedade de Medicina e Cirurgia de São Paulo; do Instituto Brasileiro da História da Medicina; do Conservatório Brasileiro de Música; membro da Comissão de Cooperação Intelectual da Liga das Nações (1922-1930); diretor do Instituto Ítalo-Brasileiro de Alta Cultura; membro correspondente de inúmeras instituições médicas internacionais e membro efetivo da Academia Pontifícia das Ciências. Na Academia Brasileira de Letras, foi segundo-secretário (1921-1922); secretário-geral (1926) e presidente (1930 e 1951).