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Artigos

  • Sem nexo

    Mesmo que formalmente tenha limitado seu voto aos réus acusados de “desvio do dinheiro público”, item inicial do relatório do ministro Joaquim Barbosa, o revisor Ricardo Lewandowski manteve seu esquema mental de separar os fatos, como se estes não tivessem conexão entre si.

  • As razões de Lewandowski

    “Sou juiz há 22 anos, professor titular da Universidade de São Paulo (USP), tenho uma história, vou julgar de conformidade com os autos, vou absolver alguns, condenar

  • A lei acima de tudo

    Amanhã, teremos tempo quente no Supremo, com relator e revisor do mensalão numa saia justa, o primeiro condenando e o segundo absolvendo os mesmos réus e pelos mesmos motivos. Os pareceres até agora apresentados parecem perfeitos -leis, decretos, parágrafos, incisos, páginas e páginas citadas-, só as conclusões são opostas. Isso me faz lembrar Jonathan Swift, que citei em crônica da semana que encerrou.

  • Matando com eficácia

    A vida cada vez vale menos, como se vê a todo instante. No Brasil, não vale nada, ou quase nada. Vale em nossas leis, se bem que cada vez mais desdentadas e avacalhadas pelas chicanas processuais que propiciam, notadamente para os ricos. Na prática, o que vemos é gente agonizando abandonada nos hospitais públicos e mortes violentas por todos os lados. O jovem delinquente compra sua primeira pistola e, para experimentá-la, mata alguém na primeira oportunidade. Um homem, como aconteceu não faz muito em Brasília, mata a namorada e, no dia seguinte, comparece a uma delegacia, revela o crime, entrega o corpo da vítima e a arma, e é também solto na hora.

  • Os autos e a vida

    Amanhã começa uma semana em que o processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal terá duas definições: o primeiro veredicto do plenário, com os votos dos ministros sobre as acusações do item “desvio de dinheiro público”, e a definição sobre o voto do ministro Cezar Peluso, que poderá pedir para antecipá-lo integralmente quando chegar sua hora de votar ou dar apenas seu parecer sobre o tema em julgamento nessa primeira “fatia” do processo.

  • Para reflexão

    Afonso Arinos – nunca será demais lembrar que se trata de um dos maiores monumentos da inteligência brasileira – levantou, em um de seus livros, um tema que serve para profundas meditações.

  • O parecer robusto

    Venho acompanhando, dentro do possível, o julgamento do mensalão, no STF. Palmas para a TV Justiça, que dá àquela corte a visibilidade e o respeito de todos nós.

  • O Brasil vai mudando

    Ao contrário do que comemorou o advogado Márcio Thomaz Bastos após o voto do revisor do mensalão, ministro Ricardo Lewandowski, parece estar se formando no plenário do Supremo Tribunal Federal um posicionamento majoritário contra a tese do caixa dois defendida pelos réus, engendrada nos porões das atividades eleitorais petistas.

  • Provas e indícios

    É provável que tenhamos ainda hoje a definição dos votos sobre as acusações contra o deputado federal petista João Paulo Cunha, que precisa de quatro votos em cinco para ser absolvido (já recebeu os votos absolutórios dos ministros Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli) ou apenas mais dois votos para ser condenado pela maioria do Supremo Tribunal Federal.

  • Relatório perdido

    Em 1995, quando finalizava meu livro Estrela Solitária, sobre Garrincha, descobri que a Agap, órgão ligado ao MEC e dedicado a amparar ex-jogadores, tentara ajudar Garrincha em seus últimos  anos. Isso significa recolhê-lo embriagado nas ruas e, com a ajuda da CBF e da LBA, interná-lo  em instituições e acompanhar seu tratamento e liberação. Morto Garrincha em 1982, a Agap produzira um relatório descrevendo as intenções que não foram poucas. Saí à cata desse relatório.

  • Farsa desmontada

    O julgamento do primeiro item do processo do mensalão trouxe definições importantes por parte do Supremo Tribunal Federal que terão repercussão não apenas nas questões jurídicas, mas também no plano político nacional.

  • Memórias de um sobrevivente

    Adolpho Bloch era um otimista nato. Vivia repetindo uma frase que se tornou célebre: “Nossa riqueza é o otimismo.” Foi um defensor entusiasmado da mudança da Capital para Brasília e foi esse fato que o ligou, como irmão, ao então presidente JK.  Sofreu muito com a sua cassação e jamais abandonou essa  amizade, como sou testemunha privilegiado.  Sabendo das dificuldades financeiras do ex-presidente, incumbiu-me por duas vezes de levar-lhe suprimentos financeiros (7 mil dólares por vez), para que pudesse ter vida tranquila em Nova Iorque e Paris.  Adolpho me dizia: “Ele não foi acusado de ser a sétima fortuna do mundo?  Está sem dinheiro para viver lá fora.” 

  • Os rumos do STF

    Com o término do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal da primeira das oito etapas do processo do mensalão, já é possível tirarem-se algumas conclusões. Parece certo, por exemplo, que os políticos que sacaram na boca do caixa do Banco Rural ou receberam dinheiro, seja a que título for, das empresas de Marcos Valério serão condenados por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ressalvada alguma especificidade da acusação.

  • O Brasil indeciso e o povo de Lula

    À entrada da campanha mediática, as eleições municipais, no prognóstico crítico das capitais do Centro-sul, dividem-se entre a manutenção teimosa dos empates técnicos, ou, de vez, dos jogos feitos. Curitiba e São Paulo se contrapõem ao Rio de Janeiro. Mas, se as diferenças mínimas entre as três candidaturas em Curitiba nascem das competições dentro das máquinas de governo, São Paulo contrasta neste frente a frente de Serra com Russomano. Desponta aí a candidatura vista, de saída, como inteiramente marginal, confusa, inclusive, até agora, na sua identidade evangélica, vinda de vários afluentes. E o anseio pela busca do novo ou, simplesmente, a manifestação de um cansaço, indicando a recusa às candidaturas óbvias de todo o sempre?

  • E o governo não recuou

    As respostas de Dilma aos comitês grevistas indicam, de vez, a tomada de posição governamental sobre os rumos, a largo prazo, da redistribuição da renda brasileira. A prioridade é clara: vai à garantia da estabilidade do trabalho, e, sobretudo, da entrada definitiva no regime salarial dos nossos segmentos coletivos ainda marginalizados. Confronta-se, agora, o Planalto, às pressões, nascidas do funcionalismo público excessivo, já que não nos livramos, ainda, da herança da clientela colonial. Não são outros os atores, ora em cena, que superestimam a sua capacidade de alastrar o processo grevista, confiantes no profissionalismo manipulatório de todo o sempre.