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Morre no Rio, aos 79 anos, o poeta e Acadêmico Ivan Junqueira

 

O Acadêmico, poeta e tradutor Ivan Junqueira, sexto ocupante da Cadeira nº 37, da Academia Brasileira de Letras, faleceu aos 79 anos, no dia 3 de julho de 2014, de insuficiência respiratória, no Hospital Pró-Cardiaco, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, onde estava internado há mais de um mês.

O Presidente da ABL, Acadêmico Geraldo Holanda Cavalcanti, ao tomar conhecimento da morte de seu confrade, determinou luto de três dias, que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio mastro e afirmou: “A morte do Acadêmico Ivan Junqueira é uma grande perda para a Academia. Acadêmico exemplar, Ivan engrandeceu a Casa à qual serviu durante 14 anos com exação, competência e dedicação. Grande poeta, mestre indiscutível nas artes do ensaio crítico e da tradução literária, Ivan deixa um legado que enriquece a nossa tradição e a história literária do Brasil.”

O corpo do Acadêmico foi velado no Salão dos Poetas Românticos, no Petit Trianon da ABL, sendo levado às 15 horas para seu sepultamento no mausoléu da ABL, no Cemitério São João Batista, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Ivan Junqueira deixa viúva a jornalista e escritora Cecília Costa Junqueira e cinco filhos: Suzana, Rafael, Raquel e Eduardo, do primeiro casamento, e Otávio, com a atual mulher.

Saiba mais

Ivan Junqueira nasceu no dia 3 de novembro de 1934, no Rio de Janeiro. Cursou seus primeiros estudos na cidade natal e ingressou nas faculdades de Medicina e de Filosofia da então Universidade do Brasil, onde foi professor de História da Filosofia e de Filosofia da Natureza.

Em 1963, começou a trabalhar também como jornalista nas funções de redator e de subeditor dos principais jornais do Rio de Janeiro, entre eles Tribuna da Imprensa, Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, além de ter sido editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional.

Em 23 de junho de 2005, participou em Paris da sessão conjunta da Academia Brasileira de Letras e da Académie Française, ocasião em que lhe foi concedida a Medalha de Richelieu, a mais alta condecoração daquela instituição. Sua poesia já foi traduzida para o espanhol, alemão, francês, inglês, italiano, dinamarquês, russo, turco, búlgaro, esloveno, provençal, croata e chinês.

O Acadêmico, ex-Presidente da Academia Brasileira de Letras, completaria 80 anos em 3 de novembro. Em comemoração, a Editora Rocco estabeleceu o lançamento de dois de seus livros inéditos: Essa música, poemas, ainda este mês; e Reflexos do sol-posto, coletânea de ensaios, em outubro. Eles também são parte da celebração dos 50 anos da estreia na de Ivan Junqueira na literatura. A Editora Nova Fronteira programou a edição de bolso da premiada tradução dos poemas de T. S. Eliot, de 1981, que mereceu dez edições. Outras obras do Acadêmico, como O outro lado (poesia, Record) e Testamento de Pasárgada (Global), antologia crítica sobre Manuel Bandeira, também estão no prelo para ganhar novas edições.

4/7/2014

03/07/2014 - Atualizada em 02/07/2014