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Acadêmica Ana Maria Machado, Ricardo Azevedo e Luiz Antonio Simas debatem na ABL o tema “O discurso das ruas”, no Seminário “Brasil, brasis” de agosto

 

A Academia Brasileira de Letras deu continuidade aos Seminários “Brasil, brasis” de 2015 com o tema O discurso das ruas. A coordenação foi do Acadêmico Domício Proença Filho, Secretário-Geral da ABL, e os palestrantes foram a Acadêmica e escritora Ana Maria Machado, o bacharel em comunicação visual Ricardo Azevedo e o mestre em História Social Luiz Antonio Simas.O evento aconteceu no dia 27 de agosto, quinta-feira, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada Franca.

A programação dos seminários se estenderá até o mês de novembro e todos serão transmitidos pelo portal da ABL.

Ana Maria Machado foi Presidente da Academia Brasileira de Letras nos anos 2012 e 2013. Considerada pela crítica como uma das mais completas e versáteis escritoras brasileiras contemporâneas, ocupa desde 2003 a Cadeira número 1 da ABL.

Ganhou em 2001 o mais importante prêmio literário nacional – o Machado de Assis, outorgado pela ABL, pelo conjunto de sua obra como romancista, ensaísta e autora de livros infanto-juvenis. Um ano antes, recebera do IBBY (International Board on Books for the Youth) a Medalha Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da Literatura Infantil, por ser o mais alto prêmio internacional do gênero, conferido a cada dois anos a um escritor, pelo conjunto da obra. Entre os mais recentes ganhou, em 2010, o Prêmio Cultura do Rio de Janeiro e o Prêmio Príncipe Claus, da Holanda.

A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado é carioca. Começou como pintora, tendo estudado no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no de Nova Iorque. Participou de diversas exposições individuais e coletivas. Após se formar em Letras Neolatinas, estudou com Roland Barthes, sob cuja orientação fez sua tese de pós-graduação na Ecole Pratique des Hautes Etudes, em Paris – onde também lecionou na Sorbonne em 1970/1971. Deu aulas na Faculdade de Letras e na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Foi professora visitante na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, e em Oxford.

Como jornalista, trabalhou em Paris e Londres, além de em vários jornais e revistas no Brasil (Correio da Manhã, Jornal do Brasil, O Globo, Isto É). Fez parte do conselho da ABI e da diretoria do Sindicato de Escritores do Rio de Janeiro. Em 2005, foi uma das 50 mulheres latino-americanas indicadas ao Premio Nobel da Paz pela organização 1000 Peace Women Across the Globe.

Começou a escrever em 1969 e publicou nove romances, oito livros de ensaios e dezenas de infanto-juvenis. Seus livros venderam mais de 20 milhões de exemplares e têm sido objeto de numerosas teses universitárias. Sua obra para crianças e jovens está traduzida e publicada em 20 países e recebeu todos os principais prêmios no Brasil – incluindo três Jabutis – e alguns no exterior. Sua obra para adultos, também premiada, é considerada pela crítica uma das melhores da Literatura Brasileira contemporânea.

Ricardo Azevedo é bacharel em Comunicação Visual pela Faculdade de Artes Plásticas da Fundação Armando Álvares Penteado e doutor em Letras pela Universidade de São Paulo com a tese publicada com o título Abençoado e danado do samba – Um estudo sobre o discurso popular, Edusp, 2013 (Prêmio Senador José Ermírio de Moraes de 2014 e Prêmio Jabuti de Teoria e Crítica Literária 2014 – 2º Lugar).

Azevedo foi professor de Projeto de Comunicação Visual, de 1977 a 1988, na FAP - Fundação Armando Álvares Penteado e também publicitário. Tem dado cursos de pós-graduação nas áreas de literatura, produção de texto e arte-educação, além de artigos publicados abordando o tema literatura, educação, cultura popular e ilustração de livros.

Escritor e ilustrador desde 1980, Azevedo é autor de vários livros para crianças e jovens, entre eles: Um homem no sótão; Alguma coisa; Maria Gomes – hoje, este texto está no livro Contos de espanto e alumbramento; A outra enciclopédia canina; Dezenove poemas desengonçados; Pobre corinthiano careca; Armazém do folclore; Contos de enganar a morte; História de bobos, bocós, burraldos e paspalhões; Trezentos parafusos a menos (Honour list – International Board on Books for Young People IBBY, 2004); O motoqueiro que virou bicho; e Fragosas brenhas do mataréu (Prêmio Jabuti Literatura Juvenil 2014). Tem livros publicados na Alemanha, França, Costa Rica, México, Holanda e Portugal.

Luiz Antonio Simas é mestre em História Socia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e publicou, em parceria com o caricaturista Cássio Loredano, o livro O vidente míope, sobre o desenhista J. Carlos e o Rio de Janeiro da década de 1920.  Também é coautor, ao lado de Alberto Mussa, do ensaio Samba de Enredo, História e arte. Em 2012,  publicou, na coleção Cadernos de Samba, o livro Portela – tantas páginas belas. No ano seguinte, lançou Pedrinhas Miudinhas: ensaios sobre ruas, aldeias e terreiros, reunindo 41 pequenos ensaios sobre cultura popular carioca, originalmente publicados no jornal O Globo. Ainda em 2015, publicou o livro Pra tudo começar na quinta-feira, em parceria com Fábio Fabato.

Nos últimos anos, Simas trabalhou na elaboração do Dicionário da História Social do Samba, em parceria com Nei Lopes. O livro tem previsão de lançamento, pela editora Civilização Brasileira, ainda este ano. Tem diversos artigos sobre a cultura das ruas do Rio de Janeiro publicados em livros, jornais e revistas. Trabalhou como consultor, ao lado de nomes como Ruy Castro, Sérgio Cabral, Jairo Severiano e Hermínio Bello de Carvalho, no processo de criação do novo Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. Foi jurado do Estandarte de Ouro, maior premiação do Carnaval.

Colunista do jornal O Dia, onde assina uma coluna semanal sobre a cultura das ruas cariocas, Simas vem desenvolvendo atualmente o projeto “Ágoras Cariocas”, ligando educação, música popular e história dos bairros da Zona Norte do Rio de Janeiro, em parceria com o coletivo Norte Comum.  É um dos curadores do Fim de Semana do Livro no Porto, festa literária contemplada com o prêmio Porto Maravilha para projetos relevantes na Zona Portuária da cidade do Rio de Janeiro.  Recebeu em 2014, por serviços prestados à cultura do Rio de Janeiro, o conjunto de medalhas da comenda Pedro Ernesto, conferido pela Câmara Municipal.

26/08/2015

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