Por 30 votos, a Academia Brasileira de Letras elegeu, quinta-feira, dia 10 de agosto, o novo ocupante da Cadeira 27, na sucessão do Acadêmico e professor Eduardo Portella, falecido no dia 3 de maio deste ano. O vencedor foi o poeta, filósofo e compositor Antonio Cícero (Antonio Cícero Correia Lima). Participaram da eleição 22 Acadêmicos presentes e 12 por cartas. Os ocupantes anteriores da cadeira 27 foram: Joaquim Nabuco (fundador) – que escolheu como patrono Maciel Monteiro –, Dantas Barreto, Gregório da Fonseca, Levi Carneiro e Otávio de Faria.
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O NOVO ACADÊMICO
Formado em Filosofia, em 1972, pelo University College London, da Universidade de Londres, Antonio Cícero é autor, entre outros trabalhos, dos livros de poemas Guardar (Rio: Record, 1996), A cidade e os livros (Rio: Record, 2002), Porventura (Rio: Record, 2012) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, de O livro de sombras (Rio: +2 Editora, 2010). Também publicou as obras de ensaios filosóficos O mundo desde o fim (Rio: Francisco Alves, 1995), Finalidades sem fim (São Paulo: Companhia das Letras, 2005) e Poesia e filosofia (Rio: Civilização Brasileira, 2012). Além disso, suas entrevistas foram reunidas no livro de Arthur Nogueira, intitulado Encontros: Antonio Cícero (Rio: Azougue, 2013).
Organizou o livro de ensaios Forma e sentido contemporâneo: poesia (Rio: EdUERJ, 2012) e, em parceria com Waly Salomão, o volume de ensaios O relativismo enquanto visão do mundo (Rio: Francisco Alves, 1994). Em parceria com Eucanaã Ferraz, produziu a Nova antologia poética de Vinícius de Moraes (São Paulo: Companhia das Letras, 2003).
Em 1993, concebeu o projeto intitulado “Banco Nacional de Ideias”, através do qual, nesse ano e nos dois subsequentes, promoveu, em colaboração com o poeta Waly Salomão e com o patrocínio do Banco Nacional, ciclos de conferências e discussões de artistas e intelectuais de importância mundial, como João Cabral de Melo Neto, Richard Rorty, Tzvetan Todorov, Hans Magnus Enzensberger, Peter Sloterdijk, Bento Prado Jr. e Darcy Ribeiro, entre outros. É também autor de inúmeras letras de canções, tendo como parceiros compositores como Marina Lima, Adriana Calcanhotto e João Bosco.
Antonio Cícero foi agraciado, em 2012, com o “Prêmio Alceu Amoroso Lima – Poesia e Liberdade”, concedido pela Universidade Candido Mendes e pelo Centro Alceu Amoroso Lima pela Liberdade.
10/08/2017