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100 anos de Hélio Jaguaribe são celebrados no Rio

 

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) irá celebrar os 100 anos do escritor, cientista político e sociólogo Hélio Jaguaribe na próxima quinta-feira, 1º de junho, a partir das 16h, no Salão Nobre do Colégio Brasileiro de Altos Estudos, Fórum de Ciência e Cultura. No dia, será realizada a exposição virtual 100 anos de Hélio Jaguaribe, nono ocupante da Cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras. Também será lançado o livro "100 anos de Hélio Jaguaribe - Pensadores do desenvolvimento em debate", além da revista Desenvolvimento em debate", que está no número 3, volume 8. O evento contará com a participação do Acadêmico e escritor Marco Lucchesi, de Márcia Loureiro, Carlos Frederico Leão da Rocha, Renato Boschi, Elisa Reis, Roberto Jaguaribe, André Lara Resende, Roberta Rodrigues, Aspásia Camargo, Beatriz Jaguaribe, Paula Mello e Flavio Gaitán.

Sobre Hélio Jaguaribe

Helio Jaguaribe nasceu no Rio de Janeiro, em 23 de abril de 1923, diplomando-se em Direito em 1946 pela Pontifícia Universidade Católica dessa cidade. Filho do eminente geógrafo e cartógrafo da Comissão Rondon, Gen. Francisco Jaguaribe de Mattos, e de Francelina Santos Jaguaribe de Mattos, nascida em Vila Nova de Gaia, Portugal, filha de um grande exportador de vinho do Porto. Em 1952, deu início, com um grupo de jovens cientistas sociais, a um projeto de estudos para a reformulação do entendimento da sociedade brasileira, fundando o Instituto Brasileiro de Economia, Sociologia e Política (Ibesp). Lá, foi secretário-geral e diretor da revista do Instituto, batizada de "Cadernos de nosso tempo", de relevante influência no Brasil e na América Latina.

Em 1956, promoveu a constituição do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), uma instituição de altos estudos, do Ministério da Educação e Cultura, no campo das Ciências Sociais, do qual foi designado chefe do Departamento de Ciência Política. Ele pediu exoneração de ambas as funções em 1959, por discordância com mudanças na orientação dos institutos.

Passou, então, alguns anos colaborando, sem vínculos permanentes, com diversas instituições acadêmicas, no Brasil e no exterior. Em 1964, depois de pública condenação do golpe militar, afastou-se do país e foi lecionar nos Estados Unidos. De 1964 a 1966, ele trabalhou na Universidade de Harvard; de 1966 a 1967, na Universidade de Stanford; e de 1968 a 1969, no MIT – Massachusets Institute of Tecnology. Retornando ao Brasil em 1969, Jaguaribe ingressou no Conjunto Universitário Cândido Mendes onde, por alguns anos, foi diretor de Assuntos Internacionais. Com a fundação do Instituto de Estudos Políticos e Sociais, em 1979, foi designado decano, função que exerceu até 2003. Naquela data, completando 80 anos, propôs sua substituição por alguém mais jovem, o professor Francisco Weffort, ex-Ministro da Cultura do Governo Fernando Henrique Cardoso, que foi escolhido para o cargo. Para Jaguaribe foi conferido o título de decano emérito e, nessa função, continuou suas pesquisas.

Por sua contribuição às Ciências Sociais, aos estudos latino-americanos e à análise das Relações Internacionais, recebeu o grau de Doutor Honoris Causa da Universidade de Johannes Gutenberg, de Mainz, RFA (em 1983); da Universidade Federal da Paraíba (em 1992); da Universidade de Buenos Aires (em 2001).

25/05/2023