Ciclos de Conferências: "Existência e Alternativas - Um Olhar sobre Kierkegaard"

A Academia Brasileira de Letras abriu sua série de ciclos de conferências de 2013 com o tema Existência e Alternativas: um olhar sobre Kierkegaard, coordenado pelo Acadêmico Marco Lucchesi. Serão quatro palestras no mês de março, e a primeira delas, denominada “Kierkegaard, a reconstrução da existência”, foi proferida pelo Acadêmico, professor e ensaísta Eduardo Portella. O evento aconteceu no dia 5 de março, terça-feira, 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, na sede da Academia, na Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.

Marco Lucchesi explica que o ciclo é uma comemoração pelos duzentos anos de nascimento do filósofo, teólogo e poeta dinamarquês: “SØren Kierkegaard criticou profundamente a filosofia dos grandes sistemas, que deixaram o individuo em segundo ou terceiro plano, diante do funcionamento dos arranha-céus da metafísica ou da cosmologia. Kierkegaard escreveu sobre o mistério da individualidade, como um novo Sócrates, atingindo o coração do individuo, a sua problemática, os seus tremendos desafios. A presença do filósofo dinamarquês abriu uma janela para a modernidade, e muitos sofreram  sua influência direta ou indiretamente”.

O ciclo terá ainda mais três palestras: dia 12 de março, “Kierkegaard e Adorno”, com o Acadêmico Sergio Paulo Rouanet; dia 19 de março, “Kierkegaard, apóstolo da existência”, com o professor Emmanuel Carneiro Leão; e dia 26 de março, “Kierkegaard, Unamuno e Ortega y Gasset, com o professor Vamireh Chacon.

Saiba mais

Sexto ocupante da Cadeira nº 27, eleito para a ABL em 19 de março de 1981 – na sucessão de Otávio de Faria e recebido em 18 de agosto do mesmo ano pelo Acadêmico Afrânio Coutinho –, Eduardo Portella nasceu em Salvador (BA), em 8 de outubro de 1932.  É Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco.

Estudou também em instituições europeias. Fez opção pela docência universitária, inicialmente em Madri, na Faculdade de Letras da Universidade Central de Madri. Em Recife, na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade Federal de Pernambuco, prosseguindo no Rio de Janeiro, na Faculdade de Letras da UFRJ. Em 1979, foi designado Ministro de Estado da Educação, Cultura e Desportos. E impôs uma posição clara pela abertura, contra a censura e qualquer forma de arbítrio.

Em 1988, foi nomeado Diretor Geral Adjunto da Unesco, cargo que ocupou por cinco anos consecutivos. Foi eleito, para o período de 1997-1999, pelo colegiado superior, Presidente da Conferência Geral da Unesco. Coordena, desde 1998, o Comitê Chemins de la Pensée (Unesco-Paris). E foi eleito em 2000, e reeleito em 2003, Presidente do Fond International pour la promotion de la Culture (Unesco-Paris). Dessas funções se desligou em 2009, para se dedicar à edição de suas obras reunidas, publicadas e por publicar.

Os Ciclos de Conferências da ABL têm patrocínio da Petrobras.

5/3/2013