O espetáculo denominado “Martinho da Vila – 45 anos de carreira”, foi uma homenagem ao compositor e cantor que “ajudou, na década de 60 do século passado, a se repensar a importância da Música Popular Brasileira”, segundo afirma o jornalista e musicólogo Ricardo Cravo Albin, responsável por um bate-papo informal no palco, com o objetivo de dar ao público informações sobre a vida do homenageado. O evento foi realizado no dia 12 de setembro, quarta-feira, às 12h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., 280 lugares, na sede da ABL – Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro.
De acordo com o jornalista, Martinho da Vila exibe no “show” seus principais sucessos, “com que ajudou de modo decisivo a integridade da MPB”. Martinho, ainda segundo o musicólogo, preparou para o espetáculo um roteiro original e cheio de revelações: “Entre os fatos passados em revista no espetáculo será contada a histórica participação dele, a partir de 1970, quando sucessos populares como Canta, canta, minha gente, Meu laiaraiá ou Pequeno burguês ajudaram a levantar a música popular durante toda uma década. Nesse período, surgiram os rumos saudáveis que abriram alas para o reaparecimento de sambistas como Cartola e Nelson Cavaquinho. Além de permitir, naturalmente, os significativos sucessos de cantoras como Beth Carvalho e Clara Nunes”.
A série “MPB na ABL” tem entrada franca e patrocínio da Petrobras.
Saiba mais
Martinho José Ferreira, o Martinho da Vila, nasceu em Duas Barras, Rio de Janeiro, em 12 de fevereiro de 1938. Filho de lavradores da Fazenda do Cedro Grande, veio para o Rio de Janeiro com apenas quatro anos. O compositor surgiu para o grande público no III Festival da Record, em 1967, quando concorreu com o partido alto Menina moça e, no ano seguinte, na quarta edição do mesmo festival, lançando o clássico samba Casa de Bamba. Sua vida de sambista (ritmista, passista, compositor, puxador de samba de enredo, presidente de ala e administrador) começou na extinta Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato. Ingressou e passou a dedicar-se à Unidos de Vila Isabel, em 1965. Os sambas de enredo mais consagrados da escola são de sua autoria. Embora sem formação acadêmica, Martinho tem uma grande ligação com a música erudita e idealizou, em parceria com o Maestro Leonardo Bruno, o “Concerto Negro”, espetáculo sinfônico que enfoca a participação da cultura negra na música erudita. Além de compositor e cantor, é escritor, autor de dez livros.
Veja também
Perfil da ABL no Twitter
Comente o evento no Orkut
Curta no Facebook
12/9/2012
05/09/2012 - Atualizada em 04/09/2012