Dos 11 ministros do STF que analisaram a decisão do ministro Edson Fachin de tirar de Curitiba os processos do ex-presidente Lula, três votaram a favor da manutenção do foro no Paraná, dois concordaram, mas votaram com a maioria, um definiu São Paulo como o foro correto, e os outros não sabem para onde devem ir. A competência territorial é uma questão técnica e é muito comum acontecer, e neste caso não indica em nenhum momento atitude indevida, nem perseguição política. Venceu a defesa de Lula e ele tem razão de estar feliz. Se quiser, será candidato em 2022, porque, mesmo que a isenção do Moro não passe na semana que vem, todos os processos começarão de novo e dificilmente haverá prazo para julgar em última instância o candidato Lula. Além disso, o momento político fará pressão para que ele não seja impedido de se candidatar em cima da hora. Que não foi o caso de 2018, quando ele foi condenado e preso muito antes da eleição. Mas ontem foi uma decisão técnica tão complicada que a divisão no plenário foi grande, em que pese o resultado de 8 a 3.