A primeira impressão que se tem é que o deputado Fabio Faria foi escolhido para o ministério das Comunicações por ser genro do Silvio Santos, um apoiador do presidente Bolsonaro, mas não é exatamente isso. Ele é do PSD, mas não é do centrão - Kassab nem foi ouvido. Ele está lá muito mais para fazer uma tentativa de pacificação entre o governo e os órgãos de imprensa do que para acirrar esta relação, como se podia imaginar tendo o fato de sua ligação com o SBT. O deputado tem uma relação muito boa no meio empresarial e levar a Secom com ele tem a vantagem de tirar do Planalto o grupo chamado gabinete do ódio, comandado informalmente por Carlos, o filho mais querido do presidente. O que se diz em Brasília é que a escolha de Fabio Faria tem o objetivo claro de pacificar a relação do Planalto com os órgãos de comunicação. O deputado é também bem visto na Câmara, até entre os deputados progressistas, pois foi um apoiador dos ex-presidentes Lula e Dilma. É uma escolha que pode significar alguma coisa melhor do que parece, quando se analisa superficialmente a indicação e a criação do órgão.
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