Presidente da Academia Brasileira de Letras, escritor Marco Lucchesi, foi um dos eleitos para receber o “Prêmio faz diferença” de 2018, na categoria Segundo Caderno/Livros, uma iniciativa do jornal Globo e da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A solenidade de entrega aconteceu no dia 27 de março, quarta-feira, na Casa Firjan (Rua Guilhermina Guinle, 211, Botafogo, Rio de Janeiro).
Reeleito Presidente da ABL em dezembro do ano passado, Lucchesi acredita que a instituição, segundo disse ao jornal, não deve virar as costas para os problemas vividos no Rio e no Brasil. “A Casa de Machado de Assis deve aprofundar ainda mais os projetos sociais, mas sem perder de vista sua função cultural e literária”, afirmou.
Esse princípio condiz com a trajetória do escritor e tradutor, guiada por princípios humanistas: “Procuramos fazer o possível na academia, sem perder a dimensão de seus projetos e de sua vida cultural. Fizemos uma reengenharia que respondesse aos desafios do momento”.
Conhecedor de mais de 20 idiomas, vencedor de prêmios nacionais e internacionais, como o Marin Sorescum, da Romênia, o Cavaliere, da Itália, e o Alceu Amoroso Lima e o Jabuti, do Brasil, o escritor vê a recompensa do Faz Diferença como uma “honra e uma alegria”.
Paralelamente à escrita e à pesquisa, Lucchesi continua sua atividade em defesa dos direitos humanos. Atua em comunidades e prisões cariocas, com projetos literários e educativos. Diante um 2018 que considerou “terrível para o país e para a cidade”, acredita que a academia conseguiu afirmar sua vocação cultural. “A cultura é o último baluarte da democracia. Quanto a mim, não deixei de escrever e sonhar”.
19/02/2019