![](http://www2.academia.org.br/sites/default/files/styles/perfil_square/public/academicos/imagens-pequenas/merval-pereira-thumbnail2.jpg?itok=y08EhSnk)
Medo de assombração
Ao pedir que o ministro da Defesa Fernando Azevedo Silva se demitisse, o presidente Bolsonaro se queixou de que não tinha respaldo político por parte de seus ministros militares.
Ao pedir que o ministro da Defesa Fernando Azevedo Silva se demitisse, o presidente Bolsonaro se queixou de que não tinha respaldo político por parte de seus ministros militares.
Embora o vice-presidente Mourão tenha falado que a nomeação do general Pazuello como secretário de Assuntos Estratégicos não irá interferir na sua punição, o ato é uma maneira de o presidente Bolsonaro mandar um recado para o Exército.
Aparentemente, não foi preciso subornar ninguém para trazer a Copa América para o Brasil
Como todo populista, Bolsonaro acha que fazer Copa do Mundo, Copa América e outras competições aqui é bom para a imagem dele, então vai fazer.
Um dos momentos mais marcantes da história do Globo foi capitaneado por Milton Coelho da Graça, então editor-chefe.
A esquerda brasileira está diante de um paradoxo que pode derrota-la ao promover passeatas como as de ontem, por todo o país, contra o governo Bolsonaro.
O vice-presidente general Mourão foi punido quando, comandante do Leste, se manifestou politicamente.
Estamos vivendo um cabo de guerra entre a anarquia e a hierarquia dentro das Forças Armadas, especialmente no Exército.
A maioria dos juristas que têm se pronunciado sobre o assunto acha que o Congresso não tem condições de convocar o presidente da República à CPI.
Bolsonaro está levando os militares a uma situação limite, como, aliás, fez constantemente enquanto estava na ativa.
O presidente Bolsonaro, ao que tudo indica, conseguiu convencer os militares de que a política vive de aparências e de promessas vãs, que não precisam ser cumpridas.
Além das mentiras já comprovadas do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que o noticiário em tempo real já explora desde ontem, e os jornais de hoje estão certamente aprofundando, os depoimentos à CPI da Covid até agora estão desvelando a maneira primitiva com que as decisões não são tomadas no governo Bolsonaro.
Os dados e os fatos são contra o ex-ministro Eduardo Pazuello.
O presidente Bolsonaro, cujos atos estrambóticos levaram o país à desmoralização internacional, é o tipo político que chega ao governo central do país como consequência de uma disfunção eventual da democracia.
A semana da CPI da COVID pode reservar surpresas, porque a verdade que o governo tenta encobrir já é do conhecimento de todos.