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Artigos

  • Presença inaceitável

    O Globo, em 24/08/2021

    O afastamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo Aleksander Lacerda, que chefiava o Comando de Policiamento do Interior-7, em Sorocaba, por fazer ofensas pesadas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ao governador de São Paulo, João Doria, e que convocou pelo Facebook seus seguidores para as manifestações de 7 de setembro, foi uma ação acertada, ao mesmo tempo exemplar e prenunciadora de problemas que estão por vir.

  • Presidente quer um grupo armado de apoio

    O Globo, em 24/08/2021

    Presidente da República que anuncia apoio publicamente a manifestações antidemocráticas está cometendo um crime de responsabilidade muito grave – é o que Bolsonaro vem cometendo com frequência há muito tempo, mas agora traz insegurança e desconfiança de que pode acontecer algo fora das quatro linhas da Constituição. 

  • Afastamento de coronel foi importante

    O Globo, em 23/08/2021

    O afastamento do coronel da Polícia Militar de São Paulo que fez ofensas pesadas a ministros do STF, ao governador João Doria e convocou para as manifestações de sete de setembro foi uma boa ação. A atitude do Comando Geral é importante para controlar a tentativa de avanço bolsonarista nas polícias militares e reforça o caráter legalista e de respeito à Constituição da Corporação. E é fundamental porque Bolsonaro alimenta a subversão, na tentativa de ter uma força armada para apoiar um golpe, ou uma rebelião. 

  • Ousadia de um fraco

    O Globo, em 21/08/2021

    Ao anunciar que apresentará outro pedido de impeachment de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), desta vez Luis Roberto Barroso, o presidente Bolsonaro dobrou sua aposta no caos, como é de seu feitio de blefador compulsivo. Só faz piorar sua situação, pois a cada arruaça institucional que promove, ajuda a afundar seu governo e abre caminho para que seja abandonado por sua base parlamentar trânsfuga.

  • Bolsonaro quer botar fogo na crise

    O Globo, em 20/08/2021

    O presidente Bolsonaro “ameaça” discursar no dia 7 de setembro e, como é descontrolado, vai botar fogo nessa crise. Com uma multidão pedindo a saída de ministros do STF, voto impresso, e outras coisas, não terá palavras sóbrias; não vai dar certo. Vai querer mostrar que o povo está do lado dele e será difícil se controlar. A ação da Polícia Federal contra Sergio Reis e Ottoni de Paula é uma demonstração clara de que não dá para brincar. Não é possível incentivar revolução, invasão do STF e quebra-quebra no Congresso e ficar por isso mesmo. Mas grave mesmo é quando o presidente toma essa atitude, demonstrando total inconsequência, sem avaliar o que pode acontecer a partir daí. Ou até avalia, e acredita que a arruaça vai favorecê-lo. Esse é o perigo, quando o presidente da República chega a esse ponto.

  • Esses tempos estranhos

    O Globo, em 19/08/2021

    A reunião do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com os representantes de plataformas digitais como Facebook, YouTube, Instagram, Twitter e outras, para definir regras de pagamento a sites e plataformas durante o período eleitoral com o objetivo de evitar a propagação de fake news, deveria estabelecer critérios mais rígidos de monetização das notícias também em tempos além do eleitoral.

  • Doria fortalece sua campanha

    O Globo, em 19/08/2021

    O governador João Doria começa a fazer movimentos importantes para sua campanha às prévias do PSDB para a presidência: nomeou o deputado Rodrigo Maia secretário de seu governo e recebeu o apoio formal de Fernando Henrique Cardoso. Ao mesmo tempo em que Maia vai trabalhar nas bancadas paulistas, terá papel durante a campanha, para fortalecer o palanque no Rio. Ele tem bom trânsito na área financeira e pode levar a palavra do candidato para essa área. Doria terá outras pessoas importantes em outros estados, não necessariamente políticos na ativa,  para ajudar a nacionalizar sua campanha. O apoio de FH é importante e dentro do PSDB tudo indica que ganhará as prévias.

  • Rodrigo Pacheco é a voz sensata

    O Globo, em 18/08/2021

    O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está tendo um papel importante nesse momento conturbado da política. Com seu jeito mineiro, marca posição e procura acalmar a situação. Mas pode entrar na lista de adversários de Bolsonaro, já que seu nome foi lançado à corrida presidencial pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Cada passo que ele der será tomado como atitude contrária ao presidente. Está se colocando como político sensato, habilidoso, que quer o diálogo, o que é uma opção importante para quem quer se viabilizar como terceira via.  Na discussão política partidária, o Senado está tomando posições importantes, como ficar contra as coligações. Acredito que não haverá espaço por lá para votar a reforma eleitoral já aprovada na Câmara. Não tem sentido fazer mudança numa reforma já feita em 2017 e que precisa ser aprovada rapidamente, sem o debate necessário.  2022 será a primeira experiência da reforma de 2017 em eleições para o Congresso. Não tem sentido mudar mais uma vez antes de ela acontecer.

  • O imoderado Bolsonaro

    O Globo, em 17/08/2021

    Na sua busca cotidiana do confronto, o presidente Bolsonaro replicou nas suas redes sociais uma convocação para uma “manifestação gigante” no dia 7 de setembro que demonstre que ele tem a força popular para executar “um bastante provável e necessário contragolpe”. O apoio significa uma perigosa validação do governo a uma ilegalidade.

  • Rio de Janeiro, DF

    O Globo, em 15/08/2021

    A volta da capital para o Rio de Janeiro tem sido apontada como solução para a crise política e econômica que por anos vem dominando a cidade que, apesar dos pesares, continua sendo símbolo da nacionalidade, dentro e fora do país, a cidade brasileira mais visitada pelos estrangeiros.

  • Prisão em defesa da democracia

    O Globo, em 13/08/2021

    Há muito tempo que o ex-deputado Roberto Jefferson anda se excedendo nas redes sociais, com ameaças de fuzilamento, arma na mão e outros absurdos. Um presidente de partido político não pode fazer uma coisa dessa e por isso, a prisão foi justa. Ele enveredou por um caminho de sedição, de defender revolução armada, que os deputados de seu partido não querem e por isso metade deles está entrando no STF com pedidos para deixar o PTB e manter o mandato.

  • Recados a Bolsonaro

    O Globo, em 12/08/2021

    Bolsonaro alegar que venceu a eleição do voto impresso é a mesma coisa de Lula dizer que foi absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Com os 229 votos a favor, faltaram ao governo 79 para obter o quórum de 308 votos necessário para aprovação de uma emenda constitucional. Dizer que metade da Câmara votou a seu favor é uma falácia, pois, aos 218 votos contrários, devem ser somados os 66 votos de abstenção, que na prática prejudicaram o governo.

  • Reforma eleitoral precisa ser adiada

    O Globo, em 12/08/2021

    A reforma eleitoral deveria ser feita após a eleição. São apenas dois meses para aprová-la praticamente sem debate. Foi votada com urgência na Câmara por uma manobra do presidente, deputado Artur Lira, e foram apresentadas propostas absurdas, como o distritão.

  • Lei de Segurança Nacional era entulho autoritário

    O Globo, em 11/08/2021

    A derrubada pelo Congresso da Lei de Segurança Nacional (LSN), coincidentemente no mesmo dia em que houve a “patacoada” no palácio do Planalto, é simbólica. Basta ver que ela dizia o que não podia ser feito, mas todos os pontos proibidos já haviam sido expressamente aprovados pela nova Lei de Segurança do Estado de Direito, como manifestações de oposição, passeatas, críticas ao governo e imprensa livre.

  • Cavando o buraco

    O Globo, em 10/08/2021

    O Auxílio Brasil lançado ontem pelo governo Bolsonaro não tem apenas a aparência de uma cópia bem-feita do Bolsa Família de Lula, que por sua vez foi uma cópia muito bem-feita dos programas sociais do governo de Fernando Henrique Cardoso. Representa, sobretudo, a irresponsabilidade fiscal a serviço da reeleição do presidente, assim como, em 2010, para eleger Dilma, o então presidente Lula forçou o PIB a ir de uma queda de 0,13% em 2009 para um crescimento de 7,53% no ano da eleição.