Os procuradores da Lava-Jato têm várias investigações nos bancos de dados, que colocam na rua quando são pressionados.
O problema nessa denúncia do ex-presidente da Fecomércio é que deveria ser proibido radicalmente que advogados filhos ou parentes de ministros atuassem nos tribunais onde eles estão. É imoral que isso aconteça, porque mistura interesses próprios. É preciso uma separação total, ou se perde a confiança nos tribunais. Advogados que têm ligações diretas com ministros são conhecidos em Brasília e procurados quando se quer ganhar uma causa. Eles podem advogar, claro, mas não nos tribunais dos parentes.
Nos sites jurídicos, há uma certa estranheza pelo fato de o juiz Marcelo Bretas ter aceitado a denúncia e pedido busca e apreensão; porque se aceitou, já tinha provas suficientes. Outra discussão que surge desse episódio é quanto à origem do dinheiro do sistema S; se é público ou privado. SESC, SENAI, SESI têm atividades públicas, mas não são órgãos de governo. Portanto, é confusa a ideia de que neste caso houve desvio de dinheiro público. É uma discussão ampla.