O aumento da reprovação do Congresso e do STF refletido na pesquisa Datafolha é uma consequência natural do crescimento da popularidade de Bolsonaro. Congresso e Supremo sempre foram obstáculos aos avanços dele contra a democracia e os direitos civis e durante um tempo o puseram nas cordas. Quando teimou em confrontar os demais poderes, recebeu muitas críticas e foi derrotado nas duas Casas. STF e Congresso são figuras, para os seguidores de Bolsonaro, prejudiciais e que o impedem de governar. Como o presidente virou o rei do Nordeste com o auxílio emergencial, é natural que seus inimigos sejam vistos com mais ressalva pelo eleitorado que o apoia. Bolsonaro conseguiu vender a ideia que a culpa pelas 100 mil mortes é dos governadores. Temos que ver se essa imagem perdura. Mas ele está na mesma batida da campanha, viajando muito e sendo recebido como o grande salvador – o que Lula já foi em outro momento –, graças ao auxílio emergencial, do qual ele não irá abrir mão, mesmo com o perigo de furar o teto de gastos. E confirmado esse Bolsa Família ampliado, vai ser um competidor para a reeleição muito difícil de derrotar.
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