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economia azul

Classe gramatical: 
loc. subst.
Definição: 

Conjunto das atividades econômicas marinhas e costeiras (pesca, aquicultura, transporte de cargas, turismo, extração de petróleo, extração e refino de sal marinho, etc.) que fazem o uso sustentável dos recursos das águas.

[Também denominada economia do mar.]

Exemplos de uso: 

“A Economia Azul emerge, trazendo reflexões sobre a contribuição dos oceanos à economia e a necessidade de garantir a sustentabilidade ambiental e ecológica dos espaços marítimos. Se, por um lado, essa dinâmica instrumenta o uso dos recursos vivos e não vivos em benefício do desenvolvimento, por outro, provoca crescente preocupação com a saúde dos oceanos, principalmente para assegurar que as futuras gerações também possam usufruir os preciosos recursos neles existentes. Dentre os objetivos do desenvolvimento sustentável, destacam-se a conservação e o uso sustentável dos oceanos, dos mares e dos recursos marinhos.”[1]

“A visão da Marinha do Brasil (MB) sobre a relevância da Economia Azul para o desenvolvimento do País e os desafios e oportunidades do setor foram destacados na abertura do evento pelo Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos. ‘Vivemos um momento onde as atenções do mundo vêm se voltando para o mar. A participação anual da atividade econômica ligada aos oceanos no âmbito global deve chegar à casa dos US$ 3 trilhões até 2030. A crescente preocupação dos mercados internacionais com as questões de sustentabilidade faz florescer uma Economia Azul que promete trazer muitas oportunidades para países como o nosso’, destacou.”[2]

“O professor Thauan Santos, do Grupo Economia do Mar da EGN [Escola de Guerra Naval], durante a mesa de encerramento do seminário, na sexta-feira (18), também ressaltou a importância de manter o discurso sobre a Economia Azul vivo e permanente. ‘É essencial que a gente comece o mês de dezembro e 2023 à luz dessas discussões. A Economia Azul no Brasil tem ganhado uma relevância muito grande com o Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, porque ele, efetivamente, movimentou atores silenciados na região e conseguiu estimular um diálogo coletivo, participativo e crescente. Nós precisamos entender que falar sobre economia do mar no Brasil exige uma perspectiva complexa. Mas o Brasil tem feito esforços muito importantes, estamos nos movimentando e correndo para desenvolver uma agenda que na agenda global já acontece há muitos anos’, afirmou.”[3]

“A ONU lembra que a proteção e restauração dos prados de ervas marinhas ajudarão os países a alcançar múltiplos objetivos econômicos, sociais e nutricionais. Os benefícios da conservação também podem ajudar os países a atingir 26 metas e indicadores associados a 10 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODS. A inclusão do gerenciamento, conservação e restauração de ervas marinhas deve ser um componente essencial das estratégias de economia azul sustentável no futuro. Vários países já têm projetos em andamento.”[4]

“Para o Banco Mundial, a economia azul é: ‘O uso sustentável dos recursos do oceano para promover crescimento econômico e melhorar os meios de subsistência e de trabalho preservando a saúde do ecossistema marinho.’ Na definição da União Europeia a economia do mar compreende: ‘As atividades econômicas relacionadas aos oceanos, mares e regiões costeiras que abrangem um amplo espectro de setores estabelecidos e emergentes interconectados.’ Em outras palavras, a economia azul abrange variadas atividades marinhas e costeiras, como a pesca, a extração de petróleo, o transporte de cargas, o turismo, o lazer etc.”[5]

“Em 2018, a doutoranda Andréa Bento Carvalho publicou, em sua tese pela PUCRS, quanto vale o PIB do mar brasileiro. Com dados referentes ao ano de 2015, o estudo Economia do mar: conceito valor e importância para o Brasil demonstra que nossos recursos marítimos representavam algo na ordem de R$ 1,11 trilhão – cerca de 19% do PIB nacional à época – e que os empregos gerados por atividades relacionadas à economia azul empregaram mais de 19 milhões de pessoas. Os números são equivalentes aos do agronegócio no mesmo período. Apesar da relevância demonstrada, a economia azul ainda é pouco discutida no país. Contudo, há lideranças e organizações procurando mobilizar o debate sobre o potencial de riqueza espalhado pelos quase 11 mil km da costa brasileira.”[6]

“Um importante desafio da economia azul é entender e gerenciar melhor os muitos aspectos da sustentabilidade oceânica, desde a pesca sustentável até a saúde do ecossistema e a prevenção da poluição. Outro aspecto que traz a economia azul é o desafio de perceber que a gestão sustentável dos recursos oceânicos exigirá colaboração entre fronteiras e setores por meio de uma variedade de parcerias e em uma escala nunca feita anteriormente.”[7]

 
Referências: 

ECONOMIA BLU. In: ISTITUTO TRECCANI. Enciclopedia Treccani. Disponível em: https://www.treccani.it/enciclopedia/economia-blu_%28altro%29/. Acesso em: 23 abr. 2023.


[1] CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL DA MARINHA DO BRASIL. O Mar, s.d. Economia Azul. Disponível em: https://www.marinha.mil.br/economia-azul/sobre. Acesso em: 23 abr. 2023.

[2] CARVALHO, Luciano Franklin de; SANTOS, Tássia Camila Navarro dos. Economia azul: desenvolvimento, desafios e oportunidades. Agência Marinha de Notícias, 19 nov. 2022. Disponível em: https://www.marinha.mil.br/agenciadenoticias/economia-azul-desenvolvimen.... Acesso em: 23 abr. 2023.

[3] Idemibidem.

[4] ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU. ONU pede mais ação para conservação de ervas marinhas. ONU News, 1 mar. 2023. Clima e Meio Ambiente. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2023/03/1810607. Acesso em: 23 abr. 2023.

[5] JOKURA, Tiago. O que é economia azul? Net Zero, 5 maio 2022. Disponível em: https://netzero.projetodraft.com/o-que-e-economia-azul/. Acesso em: 23 abr. 2023.

[6] Idemibidem.

[7] DA REDAÇÃO. O que é a economia azul. Exame, 4 ago. 2022. Negócios. Disponível em: https://exame.com/negocios/economia-azul/. Acesso em: 23 abr. 2023.

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