A pressão continua
Usar o poder estatal para pressionar uma empresa privada é a aplicação de um capitalismo de Estado de baixa qualidade que certamente abalará a imagem do país no exterior
Usar o poder estatal para pressionar uma empresa privada é a aplicação de um capitalismo de Estado de baixa qualidade que certamente abalará a imagem do país no exterior
A situação do PT está difícil e complicada como nunca. Do lado da direita, existem forças políticas de oposição muito fortes. Lula tem sido obrigado a engolir sapos de diversos tamanhos
Muitas vezes os ataques pessoais a ministros, especialmente os mais visados como Alexandre de Moraes ou Gilmar Mendes, transformam decisões que deveriam ser técnicas em emocionais, como foi o caso da agressão sofrida pela família do ministro Moraes no aeroporto em Roma
O que havia, antes da eleição, era a vontade de impedir sua realização com o temor de que os “socialistas” voltassem ao poder. O que houve, depois da eleição, foi a tentativa de impedir que a vontade popular se concretizasse.
Vivemos uma espécie de democracia do tipo jabuticaba brasilienses, que só com muita boa vontade parte de nós, brasileiros, compreende
As informações da PF, que investiga ações da Abin durante o governo Bolsonaro, levam à quase certeza de que realmente foi montado um esquema paralelo para servir de apoio ao presidente e a seus filhos
Até hoje há aposentados de estatais, como a Petrobras, que sofrem desconto do que recebem para compensar o prejuízo causado pelo petrolão. Será que Lula não se convenceu de que os fundos de pensão de estatais não podem ser manipulados politicamente, pois acabam prejudicando os trabalhadores aposentados?
Ao dizer que a Lava-Jato foi uma “mancomunação” de juízes e promotores com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, Lula poderia ser enquadrado na investigação de fake news coordenada pelo ministro Alexandre de Moraes.
A decadência ocidental seria aprofundada com o retorno de Trump ao poder nos Estados Unidos com uma política voltada para dentro, sem levar em conta sua responsabilidade com o Ocidente
O combate ao crime organizado não pode ser responsabilidade exclusiva dos estados, como teimam em interpretar restritivamente a Constituição. Narcotráfico e tráfico de armas são crimes federais, transnacionais, entram pelas fronteiras.
Há diversos experimentos, especialmente nos Estados Unidos, para tentar superar a polarização política e fazer com que o resultado das urnas espelhe realmente o desejo amplo dos eleitores.
O presidente Lula não deveria ter se colocado, e ao PT, como exemplo das vantagens da democracia. E o presidente da Câmara e muitos dos governadores não deveriam ter se escusado de participar da manifestação contra os atos golpistas
No plano político, a reação ao 8 de janeiro tem sido bem-sucedida, culminando com a cerimônia marcada para amanhã em Brasília. Não se poderia mesmo deixar que entrasse no rol das coisas banais, como querem muitos, a rebelião organizada na Praça dos Três Poderes. O objetivo, está mais do que claro, era criar um clima propício à deflagração de um golpe.
O que está em jogo é a sobrevivência do sistema de governo vigente na Argentina e no Brasil
O Congresso não precisa do Executivo. É o governo que precisa do Legislativo