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Professores analisam o erudito e o popular em romance de Suassuna

 

Apesar de datar da segunda metade do séc. XX, O Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, de Ariano Suassuna, propõe uma reflexão sobre a herança colonial portuguesa tendo como propósito refundar a nação a partir da mescla entre o erudito e o popular, com destaque para a cultura mestiça do sertão nordestino. A recepção de Homero é uma das estratégias de que o autor se vale para alcançar esse objetivo. Quaderna, o narrador protagonista do romance, inicia por rivalizar com o poeta grego, a quem atribui o título de Gênio Máximo da Humanidade, mas no afã de superá-lo termina por tornar-se um Homero Brasileiro.

A professora da USP Adriane da Silva Duarte e Rainer Guggenberger, professor da UFRJ vão defender, na conferência, que O Romance da Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, constitui uma recepção pós-colonial de Homero.

A conferência aconteceu na quarta-feira, 8 de maio, com entrada franca. 

Adriane da Silva Duarte é graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1987), com mestrado em Letras (Letras Clássicas) e doutorado em Letras (Letras Clássicas) pela mesma. Em 2010 tornou-se livre-docente. É professora titular da Universidade de São Paulo na área de Língua e Literatura Grega, atuando tanto na graduação como na pós-graduação. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua e Literatura Grega, Teatro e Tradução. Atualmente se dedica à tradução e ao estudo do romance grego antigo. 

Rainer Guggenberger possui Doutorado em Letras Clássicas pela Universität Wien (2016). É Magister em Filosofia (2010), em Italiano (2012) e em Letras Clássicas (2013) pela Universität Wien; professor do Magisterio Superior de Língua e Literatura Gregas (Graduação e Licenciatura) da Universidade Federal do Rio de Janeiro e atua no Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

É também membro dos grupos de pesquisa ATRIVM-UFMS, do grupo Crítica Textual da FBN, do Núcleo de Estudos Clássicos da FBN e do grupo Hellenistica, os quatro registrados junto ao CNPq.

Tem experiência na área de Letras Clássicas, com ênfase em Língua e Literatura Gregas, Filosofia Antiga com áreas de interesse: recepção e instrumentalização de textos clássicos nos discursos literários da Antiguidade e da Época Moderna, história e teoria da música grega antiga, métrica antiga, modos de recepção literária na Antiguidade grega (sobretudo o uso de citações e alusões), alteridade e identidade na Antiguidade, literatura austríaca moderna e contemporânea, estudos etimológicos e história de conceitos antigos. Em 2023 foi pesquisador bolsista da Academia Austríaca de Ciências. Desde 2019 é coordenador da Coleção Austríaca, maior coleção de literatura austríaca contemporânea da América Latina. Desde dezembro de 2019 é Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras Clássicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro e, desde 2021, professor visitante junto à Universidad de Concepción (Chile).

07/05/2024

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