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"Megalópoles" marca discussão urbanística e social na ABL

 

A história mostra que as "cidades grandes" sempre seduziram pelas ofertas de oportunidades e melhores condições de vida. Em busca desse lugar, muita gente mudou do campo para para as áreas urbanas e fez com que as cidades inchassem sem parar. O resultado dessa migração leva o Seminário Brasil, brasis a perguntar: "E quando a cidade grande fica grande demais?"

No dia 29/5, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., a Academia Brasileira de Letras reúne acadêmicos e especialistas no estudo de cidades para debater "Megalópoles do terceiro milênio". Sob a coordenação do poeta Carlos Nejar, Alfredo Britto, Bárbara Freitag e Jaime Lerner farão uma análise dessas regiões que preocupam os cientistas.

O "Brasil, brasis" terá entrada franca e transmissão ao vivo pelo portal da ABL.

De megalópole a necrópole

Uma megalópole é definida como uma extensa região urbanizada formada por metrópoles conturbadas. O que parecia ficção científica, foi comprovado no mundo real pelo escocês Patrick Geddes (1854–1932), criador do termo e pai do planejamento urbanístico.

Os estudos de Geddes afirmam que as megalópoles são a vertente "apocalíptica e degenerativa" do desenvolvimento. Segundo o filósofo, grandes cidades e demais evoluções urbanas estariam fadadas à destruição por não serem sustentáveis e pela capacidade destrutiva do planeta.

 

Saiba mais:

Alfredo Britto

2008 / 2001: Professor do Curso de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Rio ;

2005 / 1973: Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ ;

2008 / 1996: Membro titular do Conselho Estadual de Tombamento,

1989 / 1982: Mmembro titular do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural do Rio de Janeiro;

2008 / 1968: Fundador e diretor-geral do GAP / Grupo de Arquitetura e Planejamento onde tem sido autor de centenas de projetos de arquitetura e urbanismo, dentre os quais, destacam-se:

2007 / 2002: Projeto para o Centro de Referência da Música Carioca;

2004 / 2003: Projeto para a Casa de Cultura de Nova Iguaçu, premiado pelo IAB-RJ;

2002 / 1987: Projeto completo de restauração do conjunto tombado da antiga Casa da Moeda com 11.300 m² de área construída situado na Praça da República, Rio de Janeiro, para instalação do Arquivo Nacional, Prêmio IAB.RJ em 2002; 
 
1995/1994 Rio Cidade Laranjeiras (2° trecho construído em 2000);               

1997/1994 Plano Diretor para o Conjunto Turístico do Pão de Açúcar, (não implantado);
         
1991: Projeto de restauração da Fazenda Monte Cristo, Sul, em Paraíba do Sul, RJ
 Prêmio IAB / Instituto dos Arquitetos do Brasil / RJ;

1990: Restauração da estátua do Cristo Redentor.   

- Dez de seus trabalhos foram contemplados com diferentes premiações.

- Autor de diversos livros, artigos e ensaios  sobre arquitetura e urbanismo.

Bárbara Freitag

Nascida em 1941, na Alemanha,  viveu sua infância e juventude no Brasil. Estudou sociologia, psicologia e filosofia nas universidades de Frankfurt/M. e Berlim. Doutorou-se  na Universidade Técnica de Berlim e fez sua livre-docência na Universidade Livre de Berlim. Lecionou nessas e em outras universidades européias.

No Brasil trabalhou na UnB de Brasília  (1972-2003) como professora titular, recebendo, em 2006, o título de “Professora Emérita”. Também foi professora visitante da USP, UNESP, UFPR, UFBA, entre outras.

Na UNESCO ocupa a cátedra intitulada “Cidade e Meio Ambiente”. Barbara Freitag tem inúmeras publicações na Alemanha, França e no Brasil, destacando-se seus estudos no campo da política educacional brasileira (Escola, Estado e Sociedade; Sociedade e Consciência; Diário de uma Alfabetizadora); no campo da teoria sociológica (Teoria Crítica: ontem e hoje; Itinerários de Antígona; Dialogando com Jürgen Habermas); no campo da sociologia urbana (Cidade e Literatura, A Cidade dos Homens, Itinerâncias urbanas e Teorias da Cidade, em co-edição com a FBN). De 2000 a 2007 coordena um projeto de pesquisa integrada (financiado pelo CNPq) que estuda a transferência das capitais brasileiras (Pesquisa em fase de conclusão).

Jaime Lerner

Nascido em Curitiba, em 17 de dezembro de 1937, é arquiteto e planejador urbano, formado em Engenharia Civil pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Paraná em 1960 e em Arquitetura e Urbanismo pela Escola de Arquitetura da Universidade Federal do Paraná em 1964.

Responsável pela criação e estruturação do Instituto de Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) em 1965, participou do desenvolvimento do Plano Diretor de Curitiba que resultou no processo de transformação física, econômica e cultural da cidade.

Nos períodos em que não ocupou cargos públicos, Jaime Lerner exerceu intensa atividade em arquitetura e urbanismo.

Na década de 60 obteve, em equipe, dois importantes prêmios em concursos de arquitetura:  1º lugar no Concurso Nacional para o Edifício-Sede da Polícia Federal, em Brasília – 1968, e 2º lugar no Concurso Internacional “Eurokursaal”, em San Sebastian, Espanha – 1966.  Fez parte da equipe de jovem arquitetos que representou o Brasil na Bienal de Paris em 1969.  Recebeu, em 1989, a “Silver Medal” no “International City Design Competition”,  promovido pela City of Miwaukee, Wisconsin, EUA. 

Obteve, ainda, vários prêmios dos Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB, seções nacional e estadual, por projetos e obras em arquitetura e urbanismo.

Na área do ensino, é professor de Planejamento Urbano e Regional no Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Paraná e foi professor convidado da Universidade de Berkeley, California, EUA.

Em planejamento urbano, desenvolveu planos e programas em várias cidades brasileiras, entre elas:  Recife, Salvador, Uberlândia, Piracicaba, Taubaté, Cabo Frio, Goiânia, Guarujá, Campo Grande, Aracaju, João Pessoa, Natal, Dourados Cascavel, Londrina, Niterói e São Paulo.

No Rio de Janeiro, coordenou o projeto “Rio Ano 2000”, que estabeleceu diretrizes em transporte de massa, em estruturação metropolitana e em revitalização de áreas centrais.

Colaborou em programas de urbanismo e transporte urbano em Caracas (Venezuela), San Juan (Porto Rico), Shangai (China), Havana (Cuba), e é consultor das Nações Unidas para assuntos urbanos.

É um dos fundadores do Instituto Jaime Lerner, que objetiva ser um centro difusor de estratégias de gestão de cidades.

16/5/2008

15/05/2008 - Atualizada em 14/05/2008