A Academia Brasileira de Letras deu continuidade ao seu ciclo de conferências do mês de novembro, intitulado “O corpo: liberdades e riscos”, sob coordenação da Acadêmica e escritora Rosiska Darcy de Oliveira. O tema da segunda palestra foi “O fim da vida”, com o médico Dráuzio Varella. O evento aconteceu na terça-feira, dia 22, às 17h30min, no Teatro R. Magalhães Jr., Avenida Presidente Wilson 203, Castelo, Rio de Janeiro. Entrada franca.
Foram fornecidos certificados de frequência.
A Acadêmica e escritora Ana Maria Machado é a coordenadora-geral dos ciclos de conferências de 2016.
“O corpo: liberdades e riscos” terá mais duas conferências, sempre às terças-feiras, no mesmo local e horário, com os seguintes dias, conferencistas e temas, respectivamente: dia 29, Mirian Goldenberg, “A invenção de uma bela velhice”; e 06/12, Luís Roberto Barroso, “A liberdade de ser: morte, vida e escolhas existenciais”.
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Dráuzio Varella é médico cancerologista, formado pela USP, foi um dos fundadores do Curso Objetivo, onde lecionou química durante muitos anos. No início dos anos 1970, trabalhou com o professor Vicente Amato Neto, na área de moléstias infecciosas do Hospital do Servidor Público de São Paulo. Durante 20 anos, dirigiu o serviço de imunologia do Hospital do Câncer (SP) e, de 1990 a 1992, o serviço de câncer no Hospital do Ipiranga, na época pertencente ao Inamps.
Deu aulas em várias faculdades do Brasil e em instituições do exterior, como o Memorial Hospital de Nova York, a Cleveland Clinic (EUA), o Instituto Karolinska de Estocolmo, a Universidade de Hiroshima e o National Cancer Institute de Tóquio.
Foi um dos pioneiros no tratamento da Aids, especialmente do sarcoma de Kaposi, no Brasil, tendo participado de conferências internacionais e visitado serviços especializados no tratamento e prevenção dessa doença.
Em 1986, sob a orientação do jornalista Fernando Vieira de Melo, iniciou campanhas que visavam ao esclarecimento da população sobre a prevenção à Aids, primeiro pela rádio Jovem Pan AM e, depois, pela 89 FM, de São Paulo. Na Rede Globo, participou das séries sobre o corpo humano, primeiros socorros e combate ao tabagismo exibidas no “Fantástico”. Desde 1996, em programas produzidos pela CBI e veiculados pelo Canal Universitário e pela TV Senado, entrevista especialistas que discutem assuntos de saúde em diferentes áreas.
Em 1989, iniciou um trabalho de pesquisa sobre a prevalência do vírus HIV na população carcerária da Casa de Detenção do Carandiru e, até a desativação do presídio, em setembro de 2002, trabalhou como médico voluntário dentro da cadeia. Com a colaboração de Paulo Garfunkel e Libero Malavoglia, supervisionou a edição da revista em quadrinhos O Vira-Lata, que chegou ao oitavo número como parte de um programa de prevenção à Aids dentro da cadeia.
Atualmente dirige, no Rio Negro, um projeto de bioprospecção de plantas brasileiras com o intuito de obter extratos para testá-los experimentalmente em células tumorais malignas e bactérias resistentes aos antibióticos. Esse projeto é apoiado pela Fspesp e realizado nos laboratórios da Unip (Universidade Paulista).
11/11/2016