Portuguese English French German Italian Russian Spanish
Início > Noticias > Cronologia de vida

Cronologia de vida

 

O GLOBO    - (07.08.2001)

 

Uma "vida ardentemente vivida"

1912. Nasce Jorge Amado de Faria, no dia 10 de agosto, na fazenda de cacau Auricídia, em Ferradas, no município de Itabuna, na Bahia. Seus pais são João Amado, comerciante sergipano, e Eulália Leal Amado.

1914. A família passa a residir em Ilhéus.

1918. É matriculado no colégio de dona Guilhermina.

1920/26. Faz o curso primário em Ilhéus e o secundário no colégio jesuíta Santo Antônio Vieira, em Salvador.

1927. Estréia literária do escritor, na revista “A Luva”, com um poema modernista. Entra para o grupo literário Academia dos Rebeldes, que gira em torno da figura de Pinheiro Viegas.

1930. Muda-se para o Rio de Janeiro e escreve seu primeiro romance, “O país do carnaval”. Escreve a novela “Lenita”, em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro.

1931. Ingressa na Faculdade de Direito, faz amizade com intelectuais como Augusto Frederico Schmidt e este, então editor, publica o livro “O país do carnaval”.

1933. Casa-se com Matilde Garcia Rosa. Publica o romance “Cacau”, que tem vários exemplares apreendidos.

1935. Diploma-se em Direito. Escreve “Jubiabá”.

1936. Primeira prisão, no Rio, por motivos políticos.

1937. Publica “Capitães da areia”. Com a instauração do estado Novo, o Governo apreende exemplares de seus livros, que são queimados em praça pública. Nova prisão, em Manaus.

1941. Escreve “ABC de Castro Alves” e se exila na Argentina, onde começa a escrever a biografia de Luiz Carlos Prestes e se manifesta contra o Estado Novo.

1942. Decide voltar ao Brasil e é preso. Solto alguns meses depois, conhece Zélia Gattai.

1944. Separa-se de Matilde.

1945. Após a queda de Getúlio, é eleito deputado federal pelo PCB, por São Paulo. Passa a viver com Zélia Gattai.

1946. Publica “Seara vermelha”. Participa da Assembléia Nacional Constituinte, pelo PCB. Interrompe a atividade literária.

1948. Seu mandato na Câmara é cassado. Vai morar em Paris.

1950. Muda-se para a Tchecoslováquia, onde escreve “O mundo da paz”.

1951. Recebe em Moscou o Prêmio Internacional Stalin, pelo conjunto de sua obra.

1954 . Publica “Os subterrâneos da liberdade”, seu livro mais abertamente partidário.

1956. Volta ao Brasil.

1958. Escreve “Gabriela, cravo e canela”, seu maior sucesso internacional.

1961. É eleito por unanimidade para a cadeira número 23 da Academia Brasileira de Letras. Publica o romance “Os velhos marinheiros”.

1963. Passa a morar na Bahia.

1964. Publica “Os pastores da noite”.

1966. Seu nome é cogitado pela primeira vez para o Prêmio Nobel de Literatura. Nessa época, os livros de Jorge Amado já estão publicados em mais de 40 países.

1976. Recebe na Itália o Prêmio Ilia, pelo livro “Teresa Batista cansada de guerra”.

1977. Publica “Tieta do agreste”.

1978. Casa-se oficialmente com Zélia Gattai. O filme “Dona Flor e seus dois maridos”, de Bruno Barreto, é um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema brasileiro.

1979. Lançamento de “Farda, fardão, camisola de dormir”.

1980. Nelson Pereira dos Santos filma “Tenda dos Milagres”.

1981. Comemoração do centenário da publicação de “O país do carnaval”.

1984. Ganha o Prêmio Moinho Santista. Bruno Barreto filma “Gabriela”, produçào internacional com Marcello Mastroianni.

1985. Recebe do presidente François Mitterrand a comenda da Legião de Honra da França.

1986. Nelson Pereira dos Santos filma “Jubiabá”.

1987. Criação da Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador.

1989. Lançamento de “O sumiço da Santa”.

1993. Um infarto no miocárdio deixa o escritor hospitalizado durante dez dias.

1994. Publica “A descoberta da América pelos turcos”, seu último romance.

1995. Ganha o Prêmio Luís de Camões. Ganha, na Itália, o Prêmio Vitaliano Brancati. A obra completa do escritor começa a ser relançada pela Record, com o texto refixado por sua filha, Paloma.

1996. Sofre um edema pulmonar em maio, em Paris, onde fica internado durante dez dias. Em julho, em Salvador, comemora os 80 anos de Zélia com amigos. Estréia o filme “Tieta do Agreste”, de Cacá Diegues. Em outubro, submete-se com êxito a uma angioplastia.

1997. O romance “Tieta do Agreste” é escolhido como tema do carnaval de Salvador e Caetano Veloso lidera o bloco “Amigos do Amado Jorge”. A Record lança “Milagre dos pássaros”, conto que estava inédito no Brasil.

1998. O escritor é uma das principais atrações do Salão do Livro de Paris e recebe o título de doutor honoris causa na Sorbonne. Estréia na Rede Globo a minissérie “Dona Flor e seus dois maridos”, adaptação de Dias Gomes para o romance do escritor.

1999. Em maio, é hospitalizado para fazer exames de rotina e tratar de um mal-estar digestivo. Em junho, a Fundação Casa de Jorge Amado lança o livro “Rua Alagoinhas 33, Rio Vermelho”, sobre a casa em que vive o escritor e sobre seu cotidiano.

2000. Em agosto, cada vez mais recluso por conta dos problemas de saúde, comemora discretamente, com poucos amigos e a família, seu aniversário de 88 anos. Ganhou de presente da mulher Zélia uma poltrona reclinável com um dispositivo de massagem.

2001. No dia 20 de junho, o escritor é internado com uma crise de hiperglicemia e tem uma fibrilação cardíaca. É mantido sedado alguns dias na UTI.

 

14/06/2006 - Atualizada em 13/06/2006