A Acadêmica Nélida Piñon, representando a Academia Brasileira de Letras, chegou ao Centro Cultural Waly Salomão, em Vigário Geral, Zona Norte do Rio de Janeiro, local da Festa Literária das Periferias (Flupp), no dia 24, domingo, para o evento de encerramento das atividades de 2013, cercada de admiradores, muitos com livros de sua autoria na mão e desejando um autógrafo. Sorriso no rosto, dizendo-se satisfeita por estar ali, a Acadêmica atendeu a todos com carinho, desde sua chegada por uma das alamedas da comunidade.
A Festa Literária das Periferias começou no dia 20, quarta-feira, com uma série de atividades programadas pelos organizadores com artistas plásticos, desenhistas, diretores de cinema e escritores, durante quatro dias. Assim que chegou ao Centro Cultural Waly Salomão, Nélida se deparou com a informalidade do evento, com crianças participando de oficinas, sem qualquer interferência, em total liberdade. “O que me faz feliz neste instante é saber que minha geração tem futuro, porque esses jovens vão nos suceder. Considero a ideia desta Festa extraordinária. São soluções de vida para esses jovens. Estou muito contente ao ver que temos esperança no futuro, o futuro que eu desejo”, afirmou a Acadêmica.
Na sala dos autores, Nélida Piñon conversou muito com Heloísa Buarque de Holanda, uma das diretoras da Flupp, e com o Coordenador do Projeto Bagunçaço, da Bahia, Joselito Crispim. Os três chegaram a debater a possibilidade de um evento para o ano que vem e uma coisa ficou decidida na hora, o título, sugerido por Joselito: “Escrevo, logo existo”. Prontamente aceito por elas, ficaram de continuar a conversa e desenvolver um projeto para o ano que vem, e a diretora da Festa Literária sugeriu que se propusesse a realização dela na Academia Brasileira de Letras, o que foi imediatamente aceito por Nélida Piñon, que ficou de conversar com a Diretoria da ABL e com os acadêmicos.
Nélida Piñon encerrou suas atividades na Festa participando de uma mesa de debates, tendo como mediadora Heloísa Buarque de Holanda. As duas, amigas de muito tempo, optaram por conversar sobre a vida da autora, independentemente de algumas perguntas que traduziam a expectativa dos candidatos a autores que estavam na plateia. Depois de falar de seu processo criativo, o que, segundo ela, demanda uma disciplina muito grande, a Acadêmica falou também de seus livros, com maior destaque para o que está terminando ainda este ano: “Sempre guardei tudo, anotações, lembranças, fotos. Então decidi fazer uma foto-biografia e estou muito entusiasmada com o projeto”.
Ao deixar o palco, onde foi realizada a mesa, depois de muito aplaudida pela plateia, formada basicamente por jovens e adolescentes, Nélida Piñon se viu novamente cercada por admiradores. Pacientemente, autografou livros, conversou com muitos deles e se despediu dos organizadores, retomando o caminho pela mesma viela por onde viera.
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28/11/2013
27/11/2013 - Atualizada em 27/11/2013