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ABL promove a última palestra do ciclo de conferências sobre a Semana de Arte Moderna de 1922

 

O ciclo "Brasil Moderno", em comemoração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, chegou à sua última palestra. Promovidas pela Academia Brasileira de Letras, através do pensamento de importantes nomes da cultura brasileira, as conferências buscaram traçar um paralelo entre a Semana e os dias atuais. Na última quinta-feira, dia 28 de abril, o músico, compositor e ensaísta José Miguel Wisnik encerrou o ciclo com a palestra “Mário e Oswald - É tudo para hoje”. O evento foi gratuito e é realizado no Teatro R. Magalhães Jr, com capacidade para até 288 pessoas.

O ciclo de palestras teve início no dia 17 de março, com o tema “Memória e Desmemória da Semana de 22”, ministrada pelo Acadêmico e poeta Antonio Carlos Secchin. O objetivo foi destacar os possíveis equívocos e mitos que giram em torno das memórias relacionadas à Semana de Arte Moderna e dar luz à veracidade dos fatos. A conferência "Trópicos Utópicos", ministrada pelo economista Eduardo Giannetti, recém-eleito para a ABL, deu sequência ao ciclo. A palestra teve como intuito apresentar o espírito da afirmação modernista que se inaugura na Semana de 22. Na semana seguinte, a cineasta Carla Camurati discorreu sobre as mulheres a frente do seu tempo na palestra “De Pagu a Carlota Joaquina”. O ciclo também contou com a participação do escritor Julio Ludemir, que abordou a influência da Semana de Arte Moderna, para um dos maiores compositores da música popular brasileira, na palestra "Pixinguinha vai à Europa", e do Acadêmico, músico e compositor, Gilberto Gil, que falou sobre a Antropofagia e a Tropicália, movimento artístico do qual foi expoente.

"O ciclo Brasil Moderno tem um pé no passado, outro no presente e até mesmo um terceiro pé, se é que possível pensar, no futuro. Nos tempos atuais, temos uma luta muito movida pelo desejo de regressão. Então, eu acho que é muito oportuno fazer isso hoje. A gente lança a esperança de que um dia seremos modernos outra vez", afirma o Acadêmico Geraldo Carneiro, coordenador do evento. As palestras têm, ainda, coordenação geral do Acadêmico e Primeiro Secretário Joaquim Falcão.

A Semana de Arte Moderna foi uma manifestação artístico-cultural que ocorreu no Theatro Municipal de São Paulo entre os dias 13 a 18 de fevereiro de 1922. O evento reuniu diversas apresentações de dança, música, recital de poesias, exposição de obras - pintura e escultura - e palestras. Os artistas envolvidos propunham uma nova visão de arte, a partir de uma estética inovadora inspirada nas vanguardas europeias. Juntos, eles buscavam uma renovação social e artística no país, evidenciada na "Semana de 22". O evento chocou parte da população e trouxe à tona uma nova visão sobre os processos artísticos, bem como a apresentação de uma arte de identidade mais brasileira.

Programação do ciclo de conferências Brasil Moderno

17/03: Memória e Desmemória da Semana de 22 - Acadêmico Antonio Carlos Secchin

24/03: Trópicos Utópicos - Eduardo Giannetti

31/03: De Pagu a Carlota Joaquina - Carla Camurati

07/04: Pixinguinha vai à Europa – Julio Ludemir

14/04: Antropofagia e Tropicália – Gilberto Gil

28/04: Mário e Oswald - É tudo para hoje - José Miguel Wisnik

Serviço

Local: Teatro Raimundo Magalhães Jr.

Endereço: Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro

Horário: 17h30

Entrada gratuita

25/04/2022

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