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ABL comemora 170 anos da Francisco Alves

 

A próxima quinta-feira, dia 15, na ABL, está reservada para a comemoração dos 170 anos da livraria e editora Francisco Alves, a mais antiga do Brasil. Vai ter palestra, exposição, coquetel e, como não poderia deixar de ser, lançamento de livros. As inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/170-anos-da-editora-francisco-alves-468508/

Carlos Leal, dono da editora, também tem o que comemorar: são 50 anos de Casa, desde que a Netumar, empresa de navegação de seu pai, Jose Carlos Leal, e de Ariosto Amado, comprou-a do então proprietário, Almirante José Celso de la Rocque Maciel Soares Guimarães, e ele assumiu a gerência da Casa. Ele vai contar, ao lado do Acadêmico Antonio Torres, as histórias de Francisco Alves.

E para comemorar o aniversário da editora mais antiga do Brasil, Carlos Leal apelou para o presente e para o futuro. Estará lançando na quinta-feira o livro – Sinapse – de contos e prosas escrito por um grupo de 19 jovens, com organização de Manu Vaghi Gama e um outro comemorativo dos 170 anos. Nos corredores do primeiro andar da ABL, na entrada do auditório, fotos antigas contarão a história da Francisco Alves.

Fundada como Livraria Clássica pelo imigrante português Nicolau Antônio Alves – tio de Francisco Alves -, voltada especialmente para o público escolar da Corte, logo se tornaria uma livraria-editora de livros didáticos. Começou modestamente e veio a tornar-se a maior livraria-editora do país – durante cerca de 50 anos – nas últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX, chegando a deter noventa por cento do mercado livreiro no Brasil.

Sua inauguração, em 1854, no mesmo ano em que se inaugurava o telégrafo e a iluminação pública a gás, no Rio de Janeiro, se deu a 15 de agosto, dia de Nossa Senhora da Glória, a madrinha do imperador. Estava então situada na Rua dos Latoeiros (hoje Gonçalves Dias), 54, no centro do Rio – anos depois mudou-se para a rua do Ouvidor.

Francisco Alves deixou todos os bens para a Academia Brasileira de Letras, a maior instituição literária do país que escolhera livremente para viver e trabalhar. Apenas dela exigia que desse uma pensão à sua dedicada companheira de muitos anos, e organizasse, de tempo em tempo, dois concursos: um sobre a divulgação do ensino primário no Brasil e outro sobre a língua portuguesa. A ABL ainda concede estes prêmios a cada cinco anos.

13/08/2024