Urbano Duarte (Urbano Duarte de Oliveira), jornalista, cronista, humorista e teatrólogo, nasceu em Lençóis, BA, em 31 de dezembro de 1855, e faleceu no Rio de Janeiro em 10 de fevereiro de 1902. Convidado para a última sessão preparatória da Academia Brasileira de Letras, em 28 de janeiro de 1897, é o fundador da cadeira nº 12, que tem como patrono França Júnior.
Veio para o Rio de Janeiro, onde assentou praça em 21 de março de 1874. Completou o curso de artilharia na Escola Militar, chegando ao posto de major em 1893. Foi preparador do gabinete de química da Escola Superior de Guerra. Cultivou desde cedo as letras e a vida literária, participando do grupo boêmio de Olavo Bilac. Durante mais de vinte anos colaborou em órgãos da imprensa: Gazeta Literária, O País, Revista Musical e de Belas Artes (semanário fluminense), Correio do Povo (com Alcindo Guanabara, Artur Azevedo e Alfredo Madureira), Gazetinha e Jornal do Comércio, onde mantinha a seção “Sem rumo”. Como fundador da cadeira nº 12, vinculou desde o início a Academia Brasileira de Letras ao Jornal do Comércio, que passou a noticiar os eventos importantes da instituição e a publicar todos os discursos proferidos em suas sessões solenes.
Urbano Duarte é o autor da célebre frase “Romancista ao Norte!”, título do artigo com que saudou o romance O mulato, de Aluísio Azevedo, frase cuja autoria foi depois atribuída a Alceu Amoroso Lima anunciando a publicação de A bagaceira, de José Américo de Almeida. Destacou-se como um dos maiores cronistas humorísticos na imprensa do Rio de Janeiro e também no teatro.
A maior parte de seus artigos publicados em revistas e jornais não foram reunidos em livros.