No dia 24 de setembro, quarta-feira, às 19h, no Teatro Raimundo Magalhães Jr., o ciclo de conferências "Mutações: a condição humana" prosseguiu com palestra do poeta e filósofo Antonio Cicero com o tema: "Sobre as teses da morte do homem, do fim do sujeito e do esgotamento da filosofia".
A curadoria é de Adauto Novaes.
O ciclo de conferências teve transmissão ao vivo pelo portal da ABL.
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Na esteira dos muitos arautos da morte do homem na modernidade, Foucault vai dizer que Nietzsche, tendo constatado a morte de Deus, mostrou que a ela não correspondia o aparecimento, mas o desaparecimento do homem. Se, de um lado, tomar o homem como um universal consiste em atribuir mesma essência a todos os homens, o que é também um artifício através do qual as classes dominantes do Ocidente têm racionalizado seu imperialismo econômico e sua imposição etnocentrista, por outro lado, considera-se também que tal “morte do homem” corresponde ao fim da “metafísica moderna”, segundo o pensamento heideggeriano.
Por último, será examinada a questão de que os progressos da biotecnologia vêm conferindo uma nova e grave dimensão ao problema, pois permitem contemplar a eventual mutação da própria espécie humana.
Antonio Cicero é poeta e filósofo.
24/09/2008
24/09/2008 - Atualizada em 23/09/2008