A Academia Brasileira de Letras lamenta o falecimento do senador Antonio Carlos Magalhães e designou o acadêmico José Sarney para representar a instituição nos funerais. ACM faleceu na manhã desta sexta-feira (20/7), no Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
Marcos Vinicios Vilaça, presidente da ABL, registrou o pesar da Casa e informou que na sessão ordinária da próxima quinta-feira (26), a Casa dedicará boa parte dos trabalhos à exaltação da memória de ACM.
Antonio Carlos notabilizou-se inclusive como grande incentivador da preservação dos bens cuilturais brasileiros - salientou Vilaça, que presidiu o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), entre 1982 e 1983.
Vilaça recordou que, com o apoio de ACM, o Instituto tombou o Terreiro da Casa Branca de Salvador, o primeiro centro de religiões de origem afro a lograr esse status no Brasil. O senador, que era membro da Academia Baiana de Letras, tinha uma ligação especial com a ABL.
ACM foi muito ligado à ABL, onde esteve por diversas vezes, especialmente por ocasião das posses de amigos, como foi o caso de Jorge Amado. E ele sempre manifestava a admiração que tinha por Machado Assis: como o grande cronista que - segundo ele garantia - o Senado Federal jamais voltou a ter, declarou o presidente.
20/07/2007 - Atualizada em 19/07/2007