“A Poética de Caetano Veloso” encerra o ciclo “Os poetas da canção” na próxima terça-feira (29), às 16h, na ABL. O ensaísta e compositor José Miguel Wisnik destacará a profundidade e a originalidade com que o artista baiano pensa e transforma a linguagem musical brasileira. Com seu olhar aguçado sobre a cultura, a arte e a identidade nacional, Caetano reafirma, em cada verso, a potência poética da canção popular.
A entrada é gratuita e as inscrições podem ser feitas pelo link: https://www.even3.com.br/a-poetica-de-caetano-veloso-544853 [1]
O evento será transmitido ao vivo pelo canal da ABL no YouTube.
A coordenação do ciclo é do Acadêmico Geraldo Carneiro e a coordenação geral é do Acadêmico Antonio Carlos Secchin.
Wisnik mostrará como alguns poetas se notabilizam não só pelos poemas que fazem, mas pelo modo como pensam a poesia, seus fundamentos e suas consequências, seja nos próprios poemas, seja em manifestos e ensaios.
“A obra de Caetano Veloso leva essa marca ao universo das canções, de maneira intensiva e sistemática, explícita ou implícita. Suas canções incluem e mobilizam reflexões sensíveis sobre o campo da canção como um todo: a força singular de cada gênero musical, as colisões e fricções entre eles, suas relações com comportamentos, correntes de ideias e choques de valores, sempre dissolvendo estereótipos.”
O ensaísta explica que a consciência substantiva da linguagem artística, inclusa muitas vezes nas próprias obras, costuma se chamar "poética". E cita também entre outros exemplos, destaque para três canções de épocas diferentes: “Não identificado”, “Livros” e “Anjos tronchos”.
Na próxima terça, a ABL dará início ao novo ciclo de conferências “Em torno de Ariano Suassuna”, abrindo o mês de maio. O conferencista escritor e compositor Bráulio Tavares falará sobre "O barroco sertanejo de Ariano Suassuna", às 16h, no Teatro R. Magalhães Jr.
Sobre José Miguel Wisnik
José Miguel Wisnik é professor sênior na Universidade de São Paulo, além de ensaísta e músico. Entre outros livros, publicou O som e o sentido – Uma outra história das músicas (1989), Veneno remédio – o futebol e o Brasil (2008) e Maquinação do mundo – Drummond e a mineração (2018). Compôs canções e trilhas para cinema, teatro e dança.
Tem canções interpretadas por Elza Soares, Maria Bethânia, Gal Costa, Ná Ozzetti, Monica Salmaso e parcerias com Chico Buarque, Caetano Veloso, Guinga, Luiz Tatit, Alice Ruiz, Marcelo Jeneci.
Recebeu o Prêmio Jabuti de Literatura (1978, 2009), o Prêmio Kikito do Festival de Cinema de Gramado (1989), o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (1991, 1993, 1995), a Ordem do Mérito Cultural (2009) e o Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2019).
15/04/2025Links
[1] https://www.even3.com.br/a-poetica-de-caetano-veloso-544853